Ainda criança comovia quem dele se aproximava através dos seus relatos de vidas passadas, ou de suas “escapadelas da consciência” (quem com ele estivesse naquele momento, se não soubesse do que se tratava, ficava imediatamente aterrorizado, julgando que o jovem estaria morto).
Um dia, um espírito vem ao seu encontro e comunica-lhe que a sua mãe cumprira a sua jornada de vida. Mukunda ficou muito abalado com a revelação. A partir daquele momento decidiu intensificar a sua busca por Deus.
Em 1910, no Eremitério do mestre Swami Sri Yukteswar, ouvindo as palavras assertivas deste sábio, decidiu ali permanecer, para iniciar a sua verdadeira preparação espiritual.
Cinco anos depois concluiu os estudos na Universidade de Calcutá, fazendo, em seguida, os votos para a entrada na Ordem Monástica dos Swamis. Logo após esses votos recebe o nome Yogananda (que significa “união” e “bem-aventurança”).
Em 1917 funda a escola da “Arte do Viver” (Yogoda Satsanga Brahmacharya Vidyalaya), em Ranchi, local que combinava modernos métodos educacionais com Yoga e práticas espirituais, e era facultado gratuitamente a todos os meninos da região. A escola mantinha ainda apoio médico e cirúrgico para todas as pessoas pobres que a procurassem. No ano de 1925, Mahatma Gandhi visitou aquele complexo, deixando escrito no livro dos visitantes: “Esta instituição deixou uma profunda impressão na minha mente”.
Em 1935, Yogananda recebeu de seu mestre Sri Yukteswar o mais elevado título espiritual da Índia: PARAMAHANSA (Supremo Cisne – “Aquele que manifesta o estado maior de comunhão ininterrupta com Deus”), passando, então, a ser chamado de Paramahansa Yogananda, nome pelo qual ficou mundialmente conhecido.
Paramahansa Yogananda deixou a vida terrena no dia 7 de março de 1952, no final de um discurso em homenagem ao embaixador indiano nos Estados Unidos da América, Binay Ranjan. As suas últimas palavras foram retiradas da estrofe final de um poema de sua autoria intitulado “Minha Índia”: “Mesmo que fogos mortais devastem suas casas e seus dourados arrozais, para dormir sobre suas cinzas e sonhar com a imortalidade, oh Índia, aí hei-de estar! Deus criou a terra; O homem criou os países confinantes e suas imaginárias e frias fronteiras. Mas o Ganges, as florestas, as cavernas do Himalaia, e os homens, sonham com Deus. Sou abençoado, meu corpo tocou esse solo.”.
Mestre Paramahansa Yogananda difundia e ensinava a unidade das religiões, pregando a reverência a todos os seres de elevação espiritual que passaram pelo nosso planeta disseminando a mensagem de Deus. Para atingir os seus objetivos propagou a disciplina da meditação em Kriya Yoga, como instrumento para subsidiar o ser humano a encontrar esse entendimento, por ele enunciado como autorrealização.
Conheci os ensinamentos de Paramahansa Yogananda, no ano de 1983, na cidade de São Paulo e, em todos estes anos de busca interior, consegui compreender que, para estar em comunhão ininterrupta com Deus, é necessário inicialmente compreendê-lo. O que significa que tenho, ainda, muito caminho para percorrer.
Anseio, querido leitor, que a sua paz interior seja plena, para, assim, continuar a sua caminhada em busca de Deus. Praticar o bem é muito mais do que apregoá-lo. Natal é Cristo. Desejo que receba as bênçãos dele na grande noite do seu nascimento!
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