O momento foi aproveitado para a apresentação de uma análise económica do desenvolvimento destas regiões, tendo o responsável do Novo Banco admitido dedicar uma especial atenção às empresas exportadoras, potenciais clientes da entidade bancária, sendo uma das iniciativas mais visíveis o evento Portugal Exportador, dirigido às pequenas e médias empresas.
Na região Oeste destacam-se os setores do comércio por grosso e a retalho (o peso na região é de 43% e no país de 3%), da indústria transformadora (25% na região e 2,7% no país) e agrícola (9% na região e 12,5% no país). A cultura de maçãs, peras e outros frutos representa 63% da produção nacional, a suinicultura 43%, a avicultura 28% e a viticultura 9%. As indústrias alimentares representam 9%.
Há também que contar com o setor do turismo, com maior expressão em Alcobaça, Nazaré e Óbidos, segundo o Instituto Nacional de Estatística, que serviu de referencial à análise do Novo Banco.
No que diz respeito à região de Leiria, a prevalência é também do comércio por grosso e a retalho (38% na região e 2,8% no país) e das indústrias transformadoras (33% na região e 3,8% no país). Aqui é evidenciado o peso da fabricação de produtos minerais não metálicos e metálicos, e de artigos de borracha e de matérias plásticas. A exploração florestal, a produção de avicultura e suinicultura, o setor dos moldes, a produção em vidro e cerâmica, os plásticos e borracha, a indústria alimentar, e o setor do turismo, são ativos distintivos desta região.
Quanto ao Ribatejo, destacam-se os setores do comércio por grosso e a retalho (44% na região e 4,1% no país), das indústrias transformadoras (29% na região e 3,3% no país) e agrícola (7% na região e peso nacional de 12,3%). As culturas temporárias (27% no país) e produção animal (30%) ganham expressão.
O crescimento do volume de negócios das empresas da região de Leiria e do Oeste foi superior à média do país entre 2011 e 2016, enquanto que o Ribatejo esteve ligeiramente abaixo do crescimento nacional. O mesmo se passou com o emprego, tendo o Oeste neste caso tido uma capacidade superior à média no país.
Em termos de exportação, os principais concelhos destas três regiões são Leiria, Marinha Grande, Torres Vedras, Alcobaça, Abrantes e Azambuja, no ranking dos 50 maiores exportadores.
Apesar da diferenciação entre regiões, o Novo Banco assegurou que trata as mesmas por igual, fazendo notar o número idêntico de balcões em cada uma delas – 17 (no Oeste Caldas da Rainha é o único concelho com dois balcões).
Segundo António Ramalho, no âmbito da política de redução de balcões, meta negociada com Bruxelas para 2021, que resulta da resolução do Banco Espírito Santo, só faltam encerrar três balcões para se atingir o número de 400 balcões em funcionamento, mas nestas três regiões não haverá mexidas.
Devido à forte aposta no mercado empresarial, o Novo Banco tem também centros de empresas no Oeste, Leiria e Ribatejo.
A penetração do Novo Banco nas regiões de Leiria e de Santarém está em linha com a média nacional. Não existem dados relativos ao Oeste.
O banco está a estudar modelos adaptados às exigências tecnológicas das novas gerações de clientes e um grupo de 23 cientistas de dados está reunido em Braga a pensar como integrar a inteligência artificial no atendimento aos clientes no Novo Banco, revelou António Ramalho.
0 Comentários