Foi com grande alegria que Cláudia Picado recebeu o convite provindo de Amer Nakhleh, diretor/manager da Beit Almusica (único conservatório de música árabe-palestiniana reconhecido em Israel) para gravar um disco, durante o mês de agosto, “em que o intercâmbio musical e cultural será predominante”, e a ser editado em Israel e distribuído por diversos países, segundo refere a assessoria de imprensa da fadista.
Gravar um disco, do outro lado do mundo, com músicos palestinianos, e em Israel, é um desafio e um reconhecimento internacional que muito me honra”, acrescentou, Cláudia Picado.
“Há 10 anos que Beit Almusica acompanha a minha carreira, e sempre com o objetivo comum de nos voltarmos a juntar”, refere a artista. “Os esforços foram reunidos, por parte dos músicos palestinianos, e logo para gravar um disco e criar um projeto do qual nascerá, sem dúvida, uma nova expressão artística no intercâmbio cultural e musical entre os dois países”, apontou a fadista.
Por este motivo, a cantora cadavalense refere ter de adiar o lançamento do seu disco em Portugal, para se dedicar a este projeto. De resto, o seu futuro álbum será “um sonho realizado ao fim de 18 anos a cantar”, englobando inéditos de Tozé Brito, Jorge Fernando, Guilherme Banza, Mário Rainho, Tiago Torres da Silva, entre muitos outros reconhecidos autores e compositores.
Por agora, Cláudia aceitou de bom grado o convite internacional que recentemente lhe chegou, indo concentrar-se “com empenho e muita motivação” num projeto intercultural que muito a honra, obtendo, uma vez mais, o reconhecimento da sua arte do outro lado do mundo.
Segundo atesta a assessoria da artista, “o projeto “Artist Cooperation – Portuguese Fado & ArabicMusic” pretende registar, em atmosfera real, a extraordinária fusão do talento da fadista e de todos os músicos envolvidos neste projeto, onde a cooperação e o intercâmbio musical dos dois países serão desenvolvidos, indo além dos limites da língua e das diferenças culturais”.
Adiantou a mesma fonte que a fadista levará consigo um músico, José Duarte (guitarra portuguesa), e contará ainda com seis músicos palestinianos. “Nascerá uma nova expressão artística no diálogo e mútuo entendimento musical e cultural entre Portugal e a comunidade palestiniana da cidade de Shafa’amr”, referiu a mesma fonte.
“A razão pela qual o fado e a música árabe podem encontrar-se e fundir-se, numa nova expressão artística criada neste projeto, não se deve apenas ao talento criativo da cantora e de todos os músicos e compositores, mas também a algumas semelhanças e raízes históricas entre os dois géneros musicais”, acrescentou.
Cláudia Picado preparou uma surpresa que promete vir a surpreender Amer Nakhleh, levando na sua bagagem um desafio que lançou ao poeta Mário Rainho, que por sua vez aceitou o convite da fadista para compor neste peculiar projeto que vem permitir afirmar o nome do Cadaval e de Portugal.
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