Paula Franco apresenta um programa sustentado em três grandes pilares, como estreitar a relação entre a OCC e os seus membros – a Ordem ao serviço dos seus membros, reposicionamento do contabilista certificado na relação entre o contribuinte, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e o poder político, e ainda pensar o contabilista certificado do futuro.
José Farinha, 1º vogal do conselho diretivo, considera que estas eleições vão permitir ter “novas formas de aproximação entre a Ordem e os seus membros, através da Assembleia de representantes, pela qual os contabilistas poderão fazer chegar as suas preocupações e sugestões”.
Nesse sentido, a lista vai procurar “trabalhar junto de quem está no terreno, de forma a melhorar a sua vida no dia-a-dia, e em especial, ter uma bastonária 100% disponível para receber os colegas, mas também para os visitar de forma a ter sempre presente as suas preocupações e sugestões”.
Outra das medidas estratégicas da lista passa por acertar modelos de cooperação, com todos os representantes das associações ligadas à profissão, pois “só assim poderá haver mais respeito e mais valor acrescentado no trabalho dos contabilistas”. Pretende igualmente continuar a apostar na formação em todo o país, no desenvolvimento de ferramentas informáticas, “acabando com as redundâncias no processo e permitindo menos horas de trabalho e mais rapidez, no cumprimento das obrigações e envio da informação para os decisores”.
Além disso, a lista pretende dar especial atenção aos contabilistas mais seniores, nomeadamente com formações orientadas para ferramentas tecnológicas que “lhes permitam mais qualidade de vida no trabalho, e com a ausência do pagamento de quotas para os que tiverem mais de 70 anos”. Por último, uma medida essencial, prende-se com a total transparência dos gastos da Ordem e com um controlo apertado dos mesmos, pois “queremos que os contabilistas paguem quotas, porque as mesmas lhes acrescentam valor e não porque o nível de gastos da Ordem é elevado ou não controlado”.
No caso do distrito de Leiria, que tem 3500 profissionais inscritos na Ordem, José Farinha relata que é “um distrito com um empreendedorismo acima da média e uma economia muito diversificada”, o que provoca nos contabilistas do distrito “desafios e responsabilidades de enorme complexidade”.
Para José Farinha é preciso que “os contabilistas se valorizem e se respeitem uns aos outros. A nossa profissão é de interesseú, muitas pessoas e entidades dependem do nosso trabalho para tomarem a decisão certa, alguns ainda não se aperceberam disso e continuam a achar que o nosso trabalho é arquivar faturas por ordem de data e cobrar os impostos para o Estado. Cabe-nos contrariar isso”.
Outra das caldenses a integrar a lista A é a contabilista certificada Clara Roque, candidata ao cargo de 3º representante na Assembleia de Representantes da OCC no distrito de Leiria.
Segundo a contabilista, “somente 10% usufrui das reuniões livres que ocorrem às quartas-feiras em Leiria”. Nesse sentido, a responsável considera “importante fazer chegar aos outros 90% essa formação”.
“Somos cerca de 100.000 profissionais e temos uma AT que faz o que quer, quando quer e o contabilista não pode falhar, uma administração central que não respeita esta classe profissional”, explicou a caldense. Igualmente sublinhou que “temos umas leis feitas a avulso, por quem não sabe o que faz, mas também não quer saber. A Ordem tem o dever de se fazer ouvir na Assembleia da República, em especial aquando da elaboração do Orçamento de Estado”.
Por tudo isso, a contabilista considera que a “Lista A conta com contabilistas com bastante experiência que sabem o que é necessário ser feito para que as leis sejam exequíveis, fácil de entendimento e que não prejudiquem o contribuinte”.
Igualmente o caldense Daniel Rebelo, candidato a representante na Assembleia de Representantes da OCC, defende que “esta nova postura será relevante na forma como os contabilistas certificados enquadrarão a evolução do seu papel nas empresas, concentrando a sua competência técnica muito especializada no serviço com valor acrescentado às empresas”. No caso específico do distrito de Leiria, “julgamos que a união profissional que se seguirá à eleição contribuirá para uma maior capacidade de intervir junto da classe profissional e contamos potenciar essa união, no sentido de atingir os objetivos fundamentais do programa que a bastonária tem defendido”.
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