Assunção Cristas cumpriu nas Caldas da Rainha a sétima visita a hospitais do país e afirmou que “muitas pessoas vão às urgências quando podiam ir aos centros de saúde”, confirmando os dados que lhe foram fornecidos pelo conselho de administração (CA) do Centro Hospitalar do Oeste de que cerca de “50% das pessoas que vêm à urgência poderiam ter sido acompanhadas e tratadas sem ser na urgência hospitalar”. Considerou que as “pessoas têm que se habituar a ir ao centro de saúde”, mas que este também tem que “se adaptar para ter melhor resposta, desde logo de coisas básicas ao nível de algumas análises, raio x, para que as pessoas possam ali encontrar solução para uma boa parte das suas questões”. Defendeu também o alargamento do horários dos centros de saúde.
Assunção Cristas chegou acompanhada pela presidente da Comissão Política Concelhia, Margarida Varela, pelo candidato do CDS-PP à Câmara Municipal das Caldas, Rui Gonçalves, e de outros membros do partido, tendo reunido durante uma hora com o CA.
A líder centrista referiu que as informações transmitidas pelo CA apontam para uma afluência superior a “300 mil pessoas” às urgências das três unidades que compõem o centro hospitalar, que integra ainda os hospitais de Torres Vedras e Peniche.
Assunção Cristas sublinhou que é possível ver que o edifício tem “carências do ponto de vista de investimento”, tratando-se de “um edificado antigo” e sem forma de se adequar “às regras atuais das melhores práticas ao nível hospitalar”.
Atendendo às “preocupações manifestadas pelo CA com a falta de investimento, apontou a necessidade de “ser decidido como e quando se fará um novo hospital que possa servir melhor esta população”.
Depois do encontro a líder do CDS-PP visitou a ala de pediatria do hospital por sugestão do CA. Quanto a uma visita ao serviço de urgência, que é o que tem suscitado mais problemas, Assunção Cristas revelou que o CA achou “mais oportuno mostrar o que está melhor”, defendendo a escolha referindo que “quando convidamos para nossa casa gostamos de mostrar o melhor e não o pior”.
Também foi abordada a fusão dos hospitais das Caldas, Peniche e Torres vedras. A líder do CDS-PP disse que foi-lhe explicado que “ainda não há evidência clara no sentido de avaliar se foi positiva ou negativa, mas que há questões que têm a ver com a dispersão geográfica que obrigam a replicar especialidades e equipas médicas que num quadro de escassez de recursos médicos torna as coisas muito mais difíceis”.
“Aqui há um problema suplementar que é o facto da maior parte dos recursos humanos na área médica não pertence ao quadro do centro hospitalar, são contratações externas, o que não é ideal num contexto em que uma população tão vasta é servida e são precisos recursos, até para fazer formação interna”, adiantou Assunção Cristas.
O vereador Rui Gonçalves disse esperar que esta visita venha contribuir para resolver os problemas de saúde nas Caldas da Rainha. “Assunção Cristas é presidente do partido, deputada por Leiria e uma pessoa com mediatismo e ela irá, de certeza, discutir estas questões na Assembleia da República”, contou.
O autarca disse que o CA foi muito claro a pôr as questões e as dificuldades que tem, nomeadamente no problema que resulta da “ligação entre os três hospitais, pela dispersão de recursos a que estão sujeitos”.
Rui Gonçalves também é da opinião que o “problema de fundo só se resolve com a construção de um novo hospital, moderno, e que dê efetivamente resposta ao problema das pessoas”.
Recordou que o CDS caldense já apresentou um estudo sobre a possível localizção do novo hospital e que “passa pela abertura das várias autarquias envolvidas, no sentido de se abstraírem de bairrismos e que percebam que não é possível ter um hospital em cada município”.
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