Há mais de 28 anos que a Molde Faianças produz louça utilitária, decorativa e de revestimentos, totalmente voltada para a exportação, o que para a líder do CDS-PP, “é um dos bons exemplos que há no nosso país do que é uma fábrica de um setor tradicional da cerâmica, virado completamente para as exportações e para inovação, e ainda para o crescente valor. Produz peças muito sofisticadas e de grande valor aqui nas Caldas da Rainha, o que mostra-nos o caminho que devemos continuar a prosseguir na nossa economia”. Contudo, não deixou de criticar o atual governo, em relação ao anunciado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,4, segundo os resultados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
“Mais uma vez o Governo frustra os objetivos que se propõe, quando comparado aquilo que é a dinâmica de crescimento da Europa”, sublinhou a ex-ministra da agricultura, adiantando que “continuam a divergir da média europeia”.
A dirigente centrista considera os resultados obtidos em matéria de crescimento económico “muito modestos”, lembrando que a “Europa cresce a 1,7%” e alguns estados-membros, como o caso da Espanha, cresceu 3,2%, pelo que não vemos razão para Portugal crescer 1,4%”. Também comparou este crescimento com “aquilo que era a promessa do primeiro-ministro, quando era candidato ao cargo, que apontava para um crescimento em 2016, de 2,4% e não de 1,4 %”.
Nesse sentido, a líder do CDS-PP defendeu a necessidade de “sinalizar qual é o caminho para o crescimento”, que passa por “trabalhar fortemente para exportarmos mais”, senão “de outra maneira vamos continuar a crescer de forma muito modesta quando comparado com os objetivos”.
Para Assunção Cristas, 2016 foi o “pior ano em termos de crescimento público, que caiu mais de 10% e vemos uma degradação enorme dos serviços públicos”. A presidente do CDS-PP sublinhou que solicitou já há algum tempo uma visita ao Hospital das Caldas, “de que tenho recebido muitas queixas por parte do que falta e do que está a correr mal”, mas ainda não obteve qualquer resposta.
Nas instalações da fábrica de cerâmica, Assunção Cristas também criticou os partidos de esquerda por terem chumbado o acesso à informação sobre o caso Caixa Geral de Depósitos, desafiando a comissão de inquérito a alterar a decisão.
Segundo a líder do CDS-PP, “o bloqueio das esquerdas é inadmissível num estado de direito democrático”, salientando que o partido está “a acompanhar com muita preocupação o caso”, matéria em que o “Governo foi ligeiro, irresponsável e trapalhão”.
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