O cadáver foi localizado no dia 4 de novembro de 2015 mas só no início deste ano é que se conseguiu proceder à identificação da vítima. O corpo foi descoberto de forma acidental pelo proprietário da casa, que mora em Espanha mas que regressou a esta residência, tendo sido a sua cadela a farejar o cadáver e a desenterrar um pé no quintal, debaixo de uma plantação de pimentos. Estava parcialmente queimado e daí a dificuldade para apurar a identidade de Tiago Conchacha, um dos cinco filhos de uma ajudante de cozinha num restaurante de Peniche.
A Polícia Judiciária, através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, identificou e deteve um jovem, de 19 anos, e a sua amante, de 32 anos, que é casada, pela presumível autoria dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
De acordo com a PJ, o crime ocorreu em finais do mês de outubro de 2015, “quando os suspeitos, mediante plano previamente estabelecido, agrediram violentamente a vítima até à morte”.
O casal depois queimou o corpo de Tiago Conchacha com gasolina na banheira da casa onde ocorreu o crime e que foi ocupada aproveitando a ausência do proprietário em Espanha.
“Posteriormente, com a colaboração de dois jovens do sexo masculino [sobrinho do detido] e feminino [filha da detida], de 15 e 12 anos, respetivamente, procederam à ocultação do cadáver”, adianta a PJ. Estes dois menores foram ouvidos nas instalações da PJ e foram alvo de processos tutelares educativos.
O casal suspeito está ainda indiciado por vários roubos “por esticão” e furto qualificado perpetrados nas cidades de Lamego, Peso da Régua, Vila Real e Chaves. O jovem agressor conhecia Tiago Conchacha porque viveu na mesma instituição que acolheu a vítima mortal.
O jovem de Peniche terá sido assassinado devido ao receio dos agressores de que poderiam ser denunciados pelos crimes que teriam cometido.
Sem ocupação laboral, estão em prisão preventiva a aguardar o julgamento. A mãe da vítima pede uma indemnização de 152 mil euros.
Francisco Gomes
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