Anv: Apresenta no campo central da moeda o escudo das armas nacionais, encimado pela coroa real; junto ao bordo da moeda vislumbram-se as legendas “República Portuguesa”, o valor facial da moeda “5Euro” e a era “2013”.

Rev: Apresenta no campo central da moeda a reprodução da face da “Degolada” original, o busto da Rainha representada de perfil à esquerda e, a acompanhar todo o bordo da moeda, as legendas “D.Maria II.D.G.Portug.Et.Algarb.Regina” e a era “1833”.

Autor: Rui Vasquez

Moeda corrente de acabamento normal – Cuproníquel:

Valor facial 5 Euro; 30 mm de diâmetro; 14 g de peso; bordo serrilhado (150.000 exemplares).

Moedas Ouro (Proof):

Valor facial 5 Euro; 30 mm de diâmetro; 15,55 g de peso; bordo serrilhado; permilagem de 999/1000; (2.500 exemplares).

Historial

D. Maria II nasceu no Rio de Janeiro a 4 de abril de 1819, filha do rei D. Pedro IV e 1º. Imperador do Brasil e de sua mulher Leopoldina de Habsburgo; foi batizada com o nome de Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Luísa Gonzaga de Bragança e Áustria.

Contava apenas 7 anos quando o seu pai D. Pedro IV abdicou do trono em seu favor, em abril de 1826; deveria casar com o seu tio D. Miguel logo que tivesse idade, sendo de imediato nomeado regente, em julho de 1826, após ter jurado fidelidade à rainha e à Carta Constitucional. D. Maria, menor de idade, foi viver para Inglaterra e depois para França. Ao atingir os 15 anos de idade em 24 de setembro de 1834, voltaria a Portugal para assumir o governo de Portugal.

Casou em primeiras núpcias no ano de 1835 com Augusto de Leuchtenberg, mas este faleceu logo no mês de março do mesmo ano. Nesse ano de 1835, empreendeu diversas reformas, uma das quais consistiu na venda de todos os bens de raiz nacionais, pertencentes à Igreja Patriarcal, às Casas das Rainhas e do Infantado, das Corporações religiosas já extintas e das Capelas reais.

Casou em segundas núpcias em 9 de abril de 1836 com Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, do qual proveio larga geração, onze filhos. Viveu-se neste reinado um dos períodos mais conturbados da nossa história, ficando registados entre outros; a guerra civil, a luta entre liberais e absolutistas, e daí todas as rivalidades e perseguições que se seguiram na sociedade; a revolução de setembro; a revolta dos Marechais; a Convenção de Chaves; a Revolta da Maria da Fonte; a Belenzada; a Patuleia, etc. A carta Constitucional foi alterada com a votação de um ato adicional que consistiu na abolição da pena de morte em Portugal. Algumas reformas incluindo melhoramentos de monta respeitantes à instrução pública, foram entretanto aplicadas: Criação de Liceus e Escolas Primárias; Fundação das Escolas Médicas de Lisboa e do Porto, Escola Politécnica de Lisboa, Academia Politécnica do Porto, Instituto Agrícola, Conservatório de Música.

Nas Obras Públicas, foi notória a sua ação e crescimento económico, centrado na construção de infraestruturas de transportes e comunicações, na tentativa de aproximar as várias regiões do país, em especial as do interior, e do apoio ao desenvolvimento comercial e industrial. Foi cognominada de “A Educadora”, pela ação e determinação que implementou com a instrução pública. No ano de 1852, D. Maria fez publicar um decreto que adota o sistema decimal; este sistema revelou-se de grande utilidade pelo facto de se tornarem mais céleres as pesagens, reformulando o sistema monetário, que se encontrava muito diversificado quanto ao valor e nome das moedas então a circular.

Fontes: História de Portugal de Pinheiro Chagas; I.N.C.M.; Coleção particular do autor