Ao fim de 3 meses, a AEÓbidos e o Caldas, clubes vizinhos geograficamente e no domínio deste desporto, foram precisamente as duas equipas com melhor rendimento neste 1º torneio da AFLeiria, não tendo perdido qualquer jogo até à final.
Promoveram duelo de gigantes num confronto de caráter histórico. Esta final foi excitante e vivida com alto grau de incerteza. Os favoritos morcegos venceram e passaram este último teste com distinção. Tiveram pela frente equipa plena de caráter e personalidade. Foi uma grande final e só os casos de jogo, como é normal em clássicos, fizeram do árbitro o único senhor do jogo com direito a assobios, apesar da arbitragem ao melhor estilo, isenta e serena.
Sem surpresa, a inevitável vitória do Óbidos, mas apanhou um bom susto, depois de ver o Caldas em vantagem no marcador por duas ocasiões. A excelente entrega e capacidade de concentração do Caldas levou a que a formação forasteira criasse bastante problemas aos campeões, que tardavam em encontrar o ritmo certo para impor o seu futebol, numa altura em que o Caldas não desistia de um registo atacante, colocando em prática a estratégia delineada por Morgado, que consistia em sair em tabelas e mudanças rápidas de flanco a toda a largura do campo e apanhar desprevenida a defensiva obidense, o que colheu os seus frutos ao inaugurar o marcador (7′) por Rodrigo Pereira.
O Óbidos igualou por Leandro (18′) numa bonita triangulação entre Sebastião, Gonçalo e Leandro. 5′ depois o Caldas passa para a frente do marcador com um golo de Guilherme Portela (23′). Aos 30′ Diogo restabeleceu a igualdade.
Na 2ª parte foi um jogo diferente, com o Caldas a acusar o natural desgaste físico. A equipa quebrou imenso, acabou incapaz de travar o caudal ofensivo dos morcegos, com a equipa a maravilhar o público no estádio do Óbidos. Gonçalo aos 33′ marcou o terceiro golo (3-2). Guilherme 39′ brindou os adeptos com o quarto, na transformação de um livre direto, um míssil que deixou o guarda-redes sem reação. Quinto golo com Gonçalo a bisar (53′) e Yann a fechar aos 57′.
Não era possível aos caldenses fazerem mais. Mesmo assim disfarçaram muito a natural diferença de qualidade para aquela que é, na atualidade, a melhor equipa do distrito de Leiria.
Mikas não alinhou devido a lesão num joelho, não se sabendo ainda quando é que o jogador poderá regressar aos campos. Foi operado com sucesso (artroscopia) pelo cirurgião Pereira de Castro, no hospital da CUF, em Lisboa, na sexta-feira, véspera do jogo. No final da partida, os seus colegas gritaram em uníssono o seu nome e dedicaram-lhe a vitória.
Arlindo Ferreira
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