Do papel ao metal, das flores à cortiça, da pele à lã, centenas de marcadores de livros que integram a maior colecção de Portugal estão em exposição na Biblioteca Municipal de Leiria, até 8 de Março. A mostra inclui marcadores do Quénia a Cuba, de Espanha à China, que constituem o acervo de cerca de 57.000 exemplares de Guida Bruno, natural do Bombarral e antiga bibliotecária do Museu Nacional do Teatro. Com cerca de 400 exemplares, a exposição apresenta fitas do século XIX usadas em livros litúrgicos ou marcadores com flores da Terra Santa. Bilhetes da Carris, marcadores de ocasião usados quando a leitura era interrompida porque os utentes tinham de sair do eléctrico, marcadores chineses que revelam a temática do livro ou um marcador inglês de metal de 1887 que é, também, abre-cartas, estão igualmente patentes na mostra. Na exposição, é também possível ver o primeiro marcador da coleccionadora, com a imagem de Santo António, que recebeu em 1958 quando frequentava um colégio de Leiria. “Era comum a directora do colégio oferecer às meninas o seu marcador que nos acompanhava nas leituras de missa ao domingo”, explicou Guida Bruno, de 59 anos. Foi contudo necessário esperar até à década de 90 para que a autora se iniciasse no coleccionismo, precisamente quando começou a trabalhar na biblioteca do Museu Nacional do Teatro, onde se encontra o espólio de muitos atores. “Abrindo os livros, desde o primeiro, começo a reparar que em quase todos havia os ditos marcadores”, contou. Guida Bruno começou a retirar os marcadores dos livros que levava para a secretária. “Às tantas tenho um monte que resolvo organizar e dar uma forma”, disse. A colecção começou a crescer com a ajuda dos amigos e um acaso fez dela notícia que corre mundo. “Aparece uma leitora belga que, por sorte, repara nalguns marcadores que estavam em cima da minha secretária e que me diz que ela própria é directora de uma revista de coleccionismo na Bélgica”, referiu a autora. O artigo, que incluiu a morada de Guida Bruno, fez com que a sua caixa de correio começasse a ser inundada por marcadores de todo o mundo. Actualmente, 25 por cento da colecção, que a autora afirma ser a maior de marcadores no país, é constituída por peças com origem no estrangeiro. À agência Lusa, Guida Bruno admitiu que, no futuro, gostaria ver os marcadores num museu. O acervo de Guida Bruno está dividido pelas áreas da literatura, espectáculo, gastronomia, infantil, internacional, cultura portuguesa, religião e propaganda médica.
Guida Bruno expõe marcadores de livros
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