O deputado independente do PS, Mário Pacheco, ficou sozinho na última Assembleia Municipal das Caldas da Rainha e até pareceu que se aconselhou junto do CDS-PP. Em causa estava um ponto sobre a gestão municipal que entrou na ordem de trabalhos já a reunião estava em curso e que alguns deputados socialistas contestaram e queriam ver adiada a sua discussão. Apenas Mário Pacheco permaneceu na sala e acabou por se abster, contrariando a posição do seu líder de bancada, Carlos Tomás que saiu da sala em segundo lugar, porque antes desta discussão já tinha abandonado a sala a deputada Maria de Jesus. O líder da bancada do PS saiu bem perto da uma da manhã após uma intervenção onde demonstrou não estar disponível para discutir o assunto e de ter anunciado que poderia impugnar a Assembleia. Poucos minutos depois saiu a deputada Luísa Arroz, que convidou Catarina Paramos a fazer o mesmo. Esta deputada fez o mesmo convite a Pedro António Seixas, que abandonou a sala pouco depois das duas deputadas. Este episódio aconteceu já depois da uma hora da manhã e depois de Carlos Tomás ter dito que poderia impugnar a decisão. Esta instabilidade socialista tem-se agudizado há algum tempo, já que se assiste a posições do líder Carlos Tomás que depois são contrariadas pelos deputados da sua bancada durante a mesma sessão. Há quinze dias quando estava no uso da palavra, dois deputados criticaram internamente a intervenção do seu líder por este a estar a fazer uma intervenção já depois do público ter saído da sala. Nesta última reunião em particular, Carlos Tomás fez questão de exigir ao presidente da mesa da Assembleia Municipal para descrever quais os deputados que votaram contra e a favor nas propostas, algo nunca antes visto nas votações socialistas que, independentemente da posição de cada um, nunca foram discriminados nas votações, como agora aconteceu. Tudo isto ter-se-á agudizado depois de Mário Pacheco, presente num debate sobre o plano para o campo de golfe na Serra do Bouro, ter defendido uma posição técnica e que foi aceite por técnicos externos da autarquia e até ponderada pela maioria, mas Carlos Tomás, durante o mesmo debate, ter defendido o contrário, criticando a posição do seu camarada de bancada e de partido. Carlos Barroso