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Major recomenda alterações no curso de sargentos

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Em todas as aberturas oficiais dos anos lectivos na Escola de Sargentos do Exército (ESE) realiza-se uma aula inaugural. Desta vez coube ao major Capinha Henriques ser o orador, falando da instrução militar em escola de sargentos de outros países, para fazer a comparação com a situação em Portugal e recomendar alterações. Capinha Henriques, chefe […]
Major recomenda alterações no curso de sargentos

Em todas as aberturas oficiais dos anos lectivos na Escola de Sargentos do Exército (ESE) realiza-se uma aula inaugural. Desta vez coube ao major Capinha Henriques ser o orador, falando da instrução militar em escola de sargentos de outros países, para fazer a comparação com a situação em Portugal e recomendar alterações. Capinha Henriques, chefe da instrução na ESE, focou os casos dos exércitos brasileiro, americano, canadiano, inglês, francês, italiano e espanhol. Com este estudo, pretendeu demonstrar não só a importância da Instrução Militar (IM) na formação do sargento do Quadro Permanente (QP), bem como a eventual necessidade de reformulá-la na ESE. O estudo encontra-se delimitado apenas à primeira parte do Curso de Formação de Sargentos (CFS), ou seja, à vertente de formação inicial, uma vez que a segunda parte do curso, ministrado nas várias Escolas Práticas, é de tal forma específica e com uma enorme diversidade de variantes que torna difícil a comparação entre o modelo nacional e os restantes modelos. “A inexistência no nosso Exército de um perfil de competências do sargento do QP (estudo que se encontra em desenvolvimento) constitui-se como uma limitação ao trabalho”, reconhece Capinha Henriques. “O surgimento do terrorismo, do teatro de operações assimétrico, faz com que a sobrevivência no campo de batalha seja vital e essencial para o sucesso, num combate que pode ser isolado ou conjunto, planeado ou não planeado, em que todos os militares poderão ter que comandar e decidir, seja a arma ou serviço a que pertença, pois este pode estar sozinho e terá que saber muito mais para além da sua função específica”, refere. “Parece-nos pois que a IM, deve durante o primeiro ano, estar orientada para formar e treinar para combate e liderar pequenas unidades”, sustenta. Dos vários modelos estudados concluiu a existência de duas fortes orientações culturais. Na cultura anglo-saxónica a formação militar é em média 87% a 90% e o sargento do QP é formado para a função específica. Neste modelo a maior parte dos países que o adoptaram têm entrado nos conflitos mais recentes e alguns com longas tradições nos mesmos. O outro, de maior influência europeia, possui em média uma formação militar de 60% a 70% e a restante em outras áreas de formação, de cariz cultural e linguística. Este modelo, que tem evoluído ao longo dos séculos mas que mantém uma cultura própria, traduz-se na valorização perante a sociedade civil e a necessidade de obtenção de equivalências perante o sistema formativo e cultural. Para Capinha Henriques, “o modelo de orientação anglo-saxónica é o que melhor prepara o sargento para as funções que vai desempenhar. Contudo não nos podemos esquecer da envolvente cultural em que nos encontramos, poderemos ter que encontrar uma solução que não rompa com as nossas tradições e que, simultaneamente permita ir ao encontro dos aspectos mais positivos que o modelo anglo-saxónico preconiza”. Assim, considera que há que melhorar a formação militar do CFS da ESE, em especial na sua componente prática, pelo que propõe ajustamentos ao actual programa curricular, como por exemplo, o aumento da prática do tiro e da rusticidade – provas colectivas com equipamento e armamento com maiores distâncias (10 a 15 km) dentro da educação física militar, e a possibilidade de praticar o pentatlo militar – a existência de uma prova de natação durante o CFS do QP e de um curso de suporte básico de vida Segundo Capinha Henriques, a disciplina de Inglês deveria ser ministrada nos dois anos, devia proceder-se a um incremento na área do Nuclear Biológico Químico e Radiológico, face às novas ameaças e uma maior componente prática e sensibilização, nas operações de apoio à paz, incrementar as relações públicas com a imprensa, os media e a sua importância, proceder-se igualmente a um incremento na área das transmissões, através da existência física, na ESE dos rádios utilizados nos teatros de operações e outros meios tecnológicos utilizados, o ressurgimento da acção psicológica, área que volta a estar presente com a actual conflitualidade, e a participação em exercícios com os instruendos alunos das áreas da Saúde, que permita uma melhor preparação militar destes, entre outras medidas. Francisco Gomes

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