De acordo com o cenário do simulacro, o incêndio teve início numa das entradas da cozinha. Uma das cozinheiras ainda recorreu a um extintor, mas não conseguiu extinguir as chamas, tendo sido dada ordem de evacuação do edifício.
O alerta foi registado pelas 15h06, mobilizando para o local uma ambulância de socorro e uma viatura de combate a incêndios, com sete operacionais dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, em articulação com o Serviço Municipal de Proteção Civil. Também no local estiveram dois militares da GNR.
Apesar das condições meteorológicas adversas, com chuva, foram evacuados cerca de 140 utentes. Os idosos do Centro de Dia e as crianças das valências de Educação Pré-Escolar e CATL foram encaminhados para o pavilhão situado ao lado do edifício da associação, solução que se revelou adequada tendo em conta que o foco do incêndio se localizava na cozinha. A valência de creche ficou dispensada de evacuação devido à chuva intensa que se fazia sentir no momento do suposto incêndio.
Todos os participantes cumpriram rigorosamente as normas de segurança previstas. O simulacro, que se realiza anualmente, teve como objetivo testar as Medidas de Auto Proteção e o Plano de Emergência em vigor na instituição.
Segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, Nelson Cruz, é importante que “as instituições testem as suas regras internas, para que, numa situação real, estejam preparadas e o trabalho dos bombeiros seja efetivamente o mais reduzido possível”. “Fazemos questão de colaborar nestes exercícios, também para que os nossos operacionais possam conhecer o edificado e os espaços internos que normalmente não conhecemos. Contamos sempre com a colaboração dos responsáveis da instituição”, adiantou.
O responsável acrescentou ainda que, “a nível do exercício, acho que correu bem, mas há sempre aspetos a melhorar, que iremos avaliar”.
A encerrar o exercício, a diretora técnica da instituição, Vanessa Sobreiro, sublinhou a importância destes simulacros, recordando que este foi já o 12.º realizado pela associação. “Temos feito exercícios em várias horas que consideramos mais difíceis na instituição, como à hora da sesta ou das refeições, momentos em que há menos pessoas disponíveis para ajudar na evacuação do edifício”, explicou.
A responsável destacou ainda as especificidades da instituição, onde muitos utentes apresentam mobilidade reduzida. “Sendo um edifício com pessoas com maior dificuldade de mobilidade, consideramos que este é um exercício muito importante, porque ajuda-nos a criar estratégias para evacuar de forma muito mais assertiva e eficaz”, afirmou, acrescentando que é sempre a própria instituição que solicita a realização do simulacro, que teve o acompanhamento técnico do engenheiro Edgar Mendes, contratado pela Instituição. “Fazemos formação prévia com toda a equipa, em prevenção e combate a incêndios e primeiros socorros, e depois realizamos uma reunião de preparação do simulacro, que é sempre de surpresa para todos, exceto para mim”, relatou.
“Vamos agora reunir para identificar os pontos que falhámos e aquilo que precisamos de melhorar. Todos são importantes neste processo e os resultados são também partilhados com as entidades envolvidas, cuja presença é fundamental para conhecerem o nosso edifício”, referiu.
Vanessa Sobreiro anunciou que o próximo simulacro já está previsto para o próximo ano, adiantando que a instituição pretende continuar a realizar estes exercícios, nomeadamente no âmbito do Dia Internacional da Proteção Civil, assinalado em março.










