“Isto é um comício que não tem nada a ver com o concerto que se vai passar lá dentro”, comentou, fazendo as habituais piadas que caraterizam as personagens que vai encarnando enquanto artista e candidato a Presidente da República.
“Vamos transformar as Caldas na mais bela cidade do mundo”, prometeu, entre outras promessas exageradas.
Manuel João Vieira tinha jantado antes no restaurante “A Mimosa”, cuja comida elogiou, e acabou por dizer que os caldenses não deveriam votar nele e sim “em quem vos apetecer”. No entanto, pediu aos abstencionistas e aos que votam em branco “para votarem em mim”.
Durante o concerto, e nas entrelinhas das suas músicas, Manuel João Vieira abordou também alguns temas sérios. Numa adaptação da letra de uma das suas músicas, com o título “Estão foder Portugal”, falou dos “escravos a colher morangos” e da cultura popular “que evaporou-se no ar”. Acrescentou ainda que “Portugal foi privatizado pelo crime organizado”.
Não se coibiu também de provocar o movimento woke (uma forma de protesto que luta pela mudança de comportamentos considerados retrógrados, entre outras causas normalmente associadas à esquerda) com uma música sobre uma mulher gorda. “Fizemos esta música no liceu e nunca tocámos porque discriminava as pessoas muito gordas. Agora que há o wokismo, resolvemos fazer o contrário”, comentou, sem se preocupar de ofender potenciais eleitores.
O candidato salientou que, para além das promessas do vinho canalizado e outras, defende a necessidade de “produzir cidadãos”.
Perante muitos pedidos da audiência, Manuel João Vieira cantou também o tema “Foz do Arelho”, do seu grupo Ena Pá 2000. “Tão bonita e tão delicada, Foz do Arelho és a minha namorada”, ouviu-se, numa noite que durou até de madrugada.









