Há palavras que usamos tantas vezes que quase perdem o brilho. Paixão não é uma delas.
Quando é verdadeira, não se esgota – ilumina. Quando é profunda, não se exibe – transforma. E, no contexto do OesteAzul, a paixão é mais do que um sentimento: é uma força motriz, um horizonte e, acima de tudo, uma escolha.
Vivemos num tempo em que demasiada energia se dispersa em polémicas de circulação interna, em discussões pequenas, em confrontos que nada acrescentam ao futuro do nosso território. A mesquinhez tornou-se ruído de fundo; a estreiteza de ideias, um hábito que empobrece o debate público e desvia o foco do essencial.
Mas o OesteAzul nasce precisamente contra isso.
Nasce da convicção de que somos maiores do que a espuma mediática, maiores do que querelas de ocasião, maiores do que o curto-prazo que tantas vezes paralisa as cidades. O OesteAzul não se constrói com ressentimentos, mas com visão. Não cresce com desconfiança, mas com ambição. Não avança com medo, mas com coragem.
A Paixão Azul é esta capacidade de olhar para o território com a maturidade de quem compreende que a saúde, a longevidade, a inovação e a sustentabilidade não são temas dispersos — são pilares de um mesmo projecto colectivo. É esta energia que recusa o comodismo e enfrenta a pergunta decisiva:
Queremos continuar a repetir problemas antigos ou queremos inaugurar soluções novas?
Enquanto a mesquinhez encolhe, a paixão expande.
Enquanto a estreiteza repete, a paixão cria.
Enquanto alguns se satisfazem com o possível, a paixão abre caminho para o necessário.
O OesteAzul é, por definição, um convite à grandeza.
Não à grandeza retórica, mas à grandeza prática – aquela que transforma instituições, valoriza pessoas, honra o legado de D. Leonor e projecta as Caldas da Rainha para um futuro mais saudável, mais inteligente e mais humano.
Se há algo que este território sempre teve – desde a génese termal até ao talento que hoje emerge na saúde, na cultura, na tecnologia e na energia – é precisamente isto: paixão que se traduz em obra.
E é essa Paixão Azul, serena mas firme, que continuará a distinguir quem apenas habita o presente de quem escolhe transformá-lo.
O Oeste não precisa de mais ruído.
Precisa de paixão.
Da verdadeira.
Da Azul.
José Filipe Soares
(MSc Engenharia e Tecnologias da Saúde, MBA em Gestão)
O texto segue a ortografia culta da Língua Portuguesa, por respeito à sua matriz histórica e etimológica. É a afirmação de que a evolução não exige o apagamento das raízes.








