Segundo a proprietária da sapataria, Maria João Luís, o ponto de partida foi o desafio lançado pela Câmara Municipal, que propôs o tema do “gengibre” para as montras natalícias do comércio local. Para concretizar a ideia, recorreu à colaboração de Tânia Martins, coordenadora do Fá-Lo, e de Paula Gibert Roset. “Elas fizeram um trabalho maravilhoso”, refere.
A partir deste convite, Tânia Martins e Paula Gibert Roset desenvolveram uma leitura contemporânea do imaginário das bolachinhas de gengibre e das pequenas casas tradicionais. A opção passou por reinterpretar o tema com uma “abordagem artística menos literal, recorrendo a formas e cores que dialogam com a identidade visual das Caldas da Rainha”. “Quando explorámos o conceito das casinhas de gengibre, procurámos ir buscar os tons pastel e também as cores presentes na arquitetura da cidade como rosas, verdes, azuis e amarelos”, explicam.
A decoração da montra “assume um caráter mais abstrato, evocando uma paisagem ou cidade imaginada, permitindo múltiplas interpretações a quem observa”. Também representa a ideia do ambiente da cozinha e para o processo de preparação das bolachas de natal.
As criadoras destacam ainda o jogo visual entre interior e exterior, visível na montra, onde a “janela e portas permitem ver, através dos tecidos, a própria loja e os sapatos expostos”. “Foi um processo de exploração e brincadeira visual que resultou neste conjunto final”, afirmam.
Situada no centro da cidade das Caldas da Rainha, a Sapataria Bomtom convida a comunidade a visitar as montras e a descobrir, ao vivo, esta interpretação artística do natal, que combina tradição, criatividade e identidade local.









