Foram apresentados diversos pratos tradicionais, entre os quais Cachupa (Cabo Verde), Sumo de múcua (Angola), Galinha adobo e leche flan (Filipinas), Empanadas e Arepa (Colômbia), Bolo de fubá com goiabada (Brasil), Tarte de Tatin (França) e El Harira (Marrocos).
Estiveram ainda representados imigrantes da Áustria, Argentina, Bangladesh, Brasil, Equador, Países Baixos, Guiné-Bissau, Moçambique, Paquistão e São Tomé e Príncipe.
Organizado pelo Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAIM) da Câmara das Caldas da Rainha, o evento teve como objetivo a promoção da interculturalidade a nível local como meio de desenvolvimento de valores e de movimentos de interação positiva, mas foi destinada exclusivamente aos seus utentes.
Pretenderam assim proporcionar um momento de convívio e partilha, explorando um universo culinário repleto de cores, aromas e histórias diferentes, enaltecendo as várias nacionalidades presentes.
A terceira edição contou algumas novidades que possibilitaram novas experiências para os imigrantes nas Caldas.
Houve uma visita guiada à Igreja de Nossa Senhora do Pópulo e à piscina da Rainha Dona Leonor, no Hospital Termal, com o intuito de dar a conhecer parte da história das Caldas da Rainha.
Este ano, o programa incluiu também a participação do grupo de teatro da Universidade Sénior Rainha Dona Leonor, que apresentou três figuras emblemáticas (Rafael Bordallo Pinheiro, Rainha Dona Leonor e sua aia), e ainda dois momentos musicais protagonizados pela tuna da Universidade Sénior Rainha Dona Leonor.
Os alunos angolanos da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste apresentaram o momento “Dança da Família”. Participaram ainda elementos do Gabinete de Apoio ao Aluno Estrangeiro do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro.
Estes eventos, que começaram a realizar-se há um ano, pretendem também desconstruir e desmistificar mitos relacionados com a população migrante.
Na primeira edição, em outubro de 2024, a vereadora Conceição Henriques salientou que estes momentos também servem para combater alguns estigmas em relação aos imigrantes.
“O que é estranho, para uma nacionalidade que está em todo o mundo. Muitos portugueses emigraram sem condições e a vestirem-se de maneira diferente e com hábitos de higiene diferentes dos países para onde iam”, referiu, salientando que cabe também aos estrangeiros que vêm para Portugal perceberem como as coisas funcionam e tentarem ajustar o seu comportamento”.
Na sua opinião, a principal dificuldade dos imigrantes tem sido encontrar local para morarem. “A falta de habitação é um impedimento grande à integração”, referiu.
A vereadora salientou que o CLAIM das Caldas “não se dedica apenas às questões migratórias e de regularizações dos estrangeiros, mas serve também como uma forma de poder acolher os estrangeiros numa lógica integrada de serviços”.
Desta forma, as técnicas de ação social têm uma abordagem mais personalizada de acordo com as necessidades sociais de cada cidadão estrangeiro que recorre ao balcão.










