O Chega passa a ter representação efetiva no executivo camarário, um resultado que o candidato considera “importante para o futuro das Caldas da Rainha”. “Vamos ser o fiel da balança. Trazer energia e justiça para os caldenses”, afirmou Luís Gomes ao JORNAL DAS CALDAS, momentos após serem conhecidos os resultados finais.
O novo vereador sublinhou que o partido pretende ter um papel de fiscalização e ponderação na gestão municipal. “Temos a hipótese de podermos colocar aqui algum travão à gestão do Município, de podermos colocar alguma ponderação de justiça nas causas. E isso é o que vamos ter de facto de fazer. Vão ser quatro anos difíceis, porque vamos ter muito trabalho pela frente”, garantiu.
Apesar de acreditar na eleição, Luís Filipe Gomes reconhece que o “voto útil” influenciou o resultado final. “Eu estava à espera de entrar, sem dúvida alguma. É claro que o voto útil tirou se calhar alguns votos que ainda podíamos ter tido, eventualmente até para colocar um segundo vereador. Mas conseguimos ver que o Vamos Mudar e o PS perderam muitos votos”, observou, salientando que “140 votos deram a vitória ao movimento Vamos Mudar”.
O candidato afirmou ainda que a escolha pelo Chega se revelou a mais acertada. “Quando em julho a AD decidiu que ia à procura dos melhores, só queria os melhores nas listas, de facto eu estava no melhor sítio e era aqui no Chega”.
Hipótese de coligação afastada
Questionado sobre eventuais acordos com o Vamos Mudar ou com a AD (que elegeram três elementos cada), Luís Gomes afastou a possibilidade de coligações. “Isso está fora de questão. Nós estamos cá para defender as Caldas. O nosso programa vai ser a nossa bitola para trabalhar para os caldenses. Não vamos estar agora aqui a fazer coligações à esquerda e à direita, vamos fazer o nosso trabalho sério e justo para os próximos quatro anos”, afirmou.
Sobre a campanha eleitoral, o novo vereador não escondeu críticas. “Foi uma campanha um bocadinho vazia, suja e feia, com episódios que não enalteceram a política local. Mas os eleitores viram que o Chega fez uma campanha séria, transversal e com projeto. O resultado mostra isso porque tivemos 646 votos em 2021 e agora 2.871”.
O vereador do Chega admitiu ainda que entrou no projeto já “com o comboio em andamento”, mas que o crescimento do partido demonstra preparação e credibilidade. “Em pouco tempo preparámos este resultado. Conseguimos mostrar que estamos preparados. Com quatro anos a trabalhar para os caldenses, podemos crescer e fazer a diferença. Por isso, deixem-nos trabalhar”, concluiu.










