É candidato porque, justifica, “acredito que o nosso país precisa de mudança e esperança numa vida melhor”. “O que nos falta hoje não é apenas estabilidade, é confiança. Confiança nas instituições. Confiança de que quem está no poder serve e não se serve. Confiança que deixaremos aos nossos filhos mais do que aquilo que recebemos dos nossos pais. Falo de uma democracia de confiança: aquela em que as pessoas acreditam que o seu voto conta, que a justiça é para todos, que os políticos respondem pelo que fazem e que o Estado está presente onde é preciso: com ética, competência e transparência”, manifesta.
O candidato presidencial afirma que “as pessoas estão fartas de promessas vazias, jogos partidários e discursos que nada resolvem”. “Eu não venho da política tradicional. Venho com vontade de servir Portugal com seriedade, independência e ação. Sou livre. Vivo sem amarras”, assegura.
Nascido em Penamacor há 63 anos, é casado com a caldense Margarida Freitas, residindo nas Caldas da Rainha há mais de duas décadas.
Tem um grande percurso político, em que exerceu cargos como líder da Juventude Socialista, presidente do Conselho Nacional de Juventude, presidente do Fórum da Juventude da União Europeia, vice-presidente da União Internacional das Juventudes Socialistas, deputado na Assembleia da República, liderando a bancada socialista, secretário de Estado da Juventude e secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, deputado no Parlamento Europeu, vice-presidente do Grupo Parlamentar Socialista no Parlamento Europeu, entre outras funções neste órgão, e foi nomeado ministro Adjunto do Primeiro-Ministro António Guterres, designado conselheiro de Estado e eleito secretário-geral do Partido Socialista, cargo que manteve entre 2011 e 2014, sucedendo a José Sócrates. Seria derrotado por António Costa nas eleições primárias em 2014, demitindo-se assim da liderança do Partido Socialista e renunciando aos mandatos de conselheiro de Estado e de deputado na Assembleia da República.
Em Penamacor, foi diretor e fundador do jornal “A Verdade de Penamacor” e presidente da Assembleia Municipal.
Atualmente, é docente universitário e considera ter “as caraterísticas que se adequam ao papel do futuro Presidente da República”. Sei ouvir, sei respeitar todas as opiniões, sei unir, sei decidir, sei agir e sou exigente com a ética no exercício de cargos públicos. Sempre estive do lado na responsabilidade, nunca do facilitismo. Transporto uma nova cultura política, baseada no diálogo e no compromisso, focada nas soluções para resolver os graves problemas que afetam os portugueses. Estou preparado para promover as conciliações e os compromissos necessários para mudarmos Portugal. Portugal precisa de mudar e muito”, vinca, no comunicado em que oficializa a sua candidatura.
No seu manifesto, apresenta-se com representante de “uma outra visão de Portugal, progressista, diferente das candidaturas conservadoras já anunciadas”. Ambiciona “um país de excelência onde o progresso económico anda de mãos dadas com a justiça social; em segurança e igualdade de oportunidades para todos; onde nascer pobre não seja uma sentença e onde viver com dignidade não dependa da conta bancária. Um país onde o futuro não emigra”.
“Portugal ganha quando há equilíbrio entre quem governa e quem vigia. Ganha quando não coloca todos os ovos no mesmo cesto. Este é o momento para derrotarmos o medo e erguermos a esperança. Este é o momento em que cada um de nós pode fazer a diferença. Portugal é a nossa causa. Aqui estou a dar o exemplo, com coragem e determinação”, conclui, para sintetizar as suas “vantagens”: “Nasci no interior. Vivo no centro. Conheço o país real. Conheço a Europa. Sei o que está em jogo e sei como defender Portugal com firmeza e respeito. Não preciso de aprender no cargo. Chego preparado”.
