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Município estabelece protocolo para criação de uma “Rota do Gelo”

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A Câmara Municipal do Cadaval assinou no passado dia 13, durante as comemorações do Feriado Municipal, um protocolo decolaboração com o município de Castanheira de Pera para promover e valorizar turística e culturalmente o passado comum deprodução de gelo, que remonta ao século XVIII, através da criação de uma “Rota do Gelo”. No âmbito das […]
Celebração do protocolo entre o Cadaval e Castanheira de Pera (foto José António)

A Câmara Municipal do Cadaval assinou no passado dia 13, durante as comemorações do Feriado Municipal, um protocolo de
colaboração com o município de Castanheira de Pera para promover e valorizar turística e culturalmente o passado comum de
produção de gelo, que remonta ao século XVIII, através da criação de uma “Rota do Gelo”.

No âmbito das celebrações dos 125 anos da restauração do concelho, o Cadaval decidiu formalizar oficialmente a parceria com
Castanheira de Pera, sendo “uma vontade de ambos os municípios, que já existe em algum tempo”, em estabelecerem
parcerias e estreitarem os laços que os unem, “com vista ao estabelecimento de condições favoráveis à criação,
implementação e dinamização da Rota do Gelo”. Ambos os municípios relevam uma “história em comum relativa ao fabrico do
gelo” nas serras de Montejunto e da Lousã, respetivamente.
No município do Cadaval, na Quinta da Serra, em Montejunto, “situa-se a Fábrica da Neve mandada reedificar por Julião
Pereira de Castro, reposteiro e neveiro da Casa Real, no último dia de janeiro de 1782”, enquanto que em Castanheira de
Pera, no Cimo do Cabeço do Pereiro, na Serra da Lousã, se encontram “os Poços da Neve, estruturas onde se juntavam as
neves e armazenava o gelo, cuja existência o alvará de D. José faz remontar a pelo menos 1757”.
Nesse sentido, a Fábrica de Gelo do Cadaval e os Poços da Neve de Castanheira de Pera representam, assim, “marcos
patrimoniais de uma herança histórica comum relacionada com a produção, armazenamento e distribuição de gelo,
consubstanciando para a arqueologia industrial processos de fabrico do mesmo”, recordou o documento.
No protocolo também é referido que, “na serra de Montejunto, o gelo era fabricado através de lençóis de água distribuídos
pelos tanques, expostos às baixas temperaturas das noites de inverno”, enquanto que na Serra da Lousã era feita a recolha da
neve, calcada e armazenada em gelo diretamente nos poços.
Face a isso, as duas Câmaras consideraram estar “reunidas as condições para reativar a vontade de ambos os municípios em
desenvolver um projeto com o objetivo de ligar histórias do seu passado comum, através da formalização de um acordo nesse
sentido”.
Além do acordo agora estabelecido, as duas autarquias também têm desenvolvido alguns projetos, com vista à “conservação,
valorização e promoção turística do património cultural associado aos Poços da Neve”, como a definição de novos percursos
pedestres, e ainda “tornar o Santo António da Neve, num importante polo de dinamização turística da Serra da Lousã”.
Pretende simultaneamente que o conjunto arquitetónico local, classificado como Imóvel de Interesse Público, seja
“culturalmente mais acessível, apelativo e enriquecedor para quem o visita, em harmonia com a preservação do património
natural e a beleza das paisagens circundantes”.
No Cadaval existe “bem alicerçado, um projeto de reconhecida a relevância, que inclui a Real Fábrica do Gelo, imóvel
classificado como monumento nacional, que mantém viva a memória do processo de produção do gelo e das histórias das
gentes, que nele laboravam”, mas que juntamente com os Poços da Neve permitirá “lapidar o diamante em bruto que
representam”.
Esta parceria entre ambos os municípios, que inclui a Rota do Gelo, permitirá igualmente como objetivo “atrair novos visitantes
aos territórios envolvidos, através da oferta um produto cultural e turístico de qualidade, a partir da valorização e divulgação
deste património com caraterísticas únicas”.
O protocolo também visa a criação de um centro documental dedicado ao fabrico do gelo e ao ofício de neveiro, sediado junto
da Real Fábrica do Gelo de Montejunto, promoção de intercâmbios de livros, revistas, e outras publicações, entre rede de
bibliotecas, partilha de informações técnico-científicas, publicação de obras inéditas relacionadas com o fabrico de gelo e o
oficio do nevoeiro, dinamização de novos projetos museográficos, incluindo a criação de um centro interpretativo no Santo
António da Neve, realização de atividades de recriação histórica, intercâmbio entre os agrupamentos de escolas,
estabelecimento de um acordo de geminação entre ambos, e ainda apresentação de candidaturas a programas de apoio a
projetos de conservação, valorização e divulgação turística do património arquitetónico, histórico e cultural afeto à Rota do
Gelo, assim como a valorização do património natural e paisagístico envolvente da Serra da Lousã e da Serra de Montejunto.
De acordo com o presidente do município do Cadaval, José Bernardo Nunes, “este é um protocolo que já vinha, sendo falado
alguns meses, e espero que ajuda a gerar interações entre os municípios, e que sejam benéficos para ambos”. Já o presidente
do município de Castanheira de Pera, António Henriques sublinhou que “apesar de serem municípios completamente distintos,
o Cadaval e Castanheira de Pera têm uma história comum”, e protocolo serve para “retomar essa nossa história que está
relacionada com a produção de gelo”.
Além da celebração do protocolo, o programa festivo incluiu a habitual missa em honra dos beneméritos do concelho, que
decorreu na Igreja Matriz do Cadaval, o descerramento de duas placas de homenagens, uma ao padre José Inácio Pereira, na
Praça da República, e outra ao médico Luíz Damas Mora, na Avenida dos Bombeiros.
A completar o programa comemorativo, houve uma visita à exposição de rua “Profissões antigas do Cadaval” na Praça da
República, e apresentação do novo site e identidade visual do Município do Cadaval.

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