Q

Previsão do tempo

11° C
  • Saturday 11° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 14° C
12° C
  • Saturday 12° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 15° C
13° C
  • Saturday 13° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 15° C

Militares vão ser julgados por alegada falsificação

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
Três militares da GNR, um dos quais já aposentado, vão ser julgados por falsificação de documento, abuso de poder e burlaqualificada, crimes alegadamente cometidos no posto territorial de Caldas da Rainha. Segundo a agência Lusa, o caso remonta a fevereiro de 2014, envolvendo pai (que no ano seguinte teve direito à aposentação)e filho, e outro […]

Três militares da GNR, um dos quais já aposentado, vão ser julgados por falsificação de documento, abuso de poder e burla
qualificada, crimes alegadamente cometidos no posto territorial de Caldas da Rainha.

Segundo a agência Lusa, o caso remonta a fevereiro de 2014, envolvendo pai (que no ano seguinte teve direito à aposentação)
e filho, e outro militar que exercia funções de comandante de posto em substituição, e prendem-se com a suposta falsificação
da escala de serviço, para fazer com que um acidente de viação sofrido por um deles fosse considerado em trabalho.
De acordo com o despacho de acusação, no dia 9 de fevereiro de 2014 um militar, apesar de ter sido escalado pelo
comandante, não se apresentou no posto da GNR pelas 09h00. O comandante em exercício não comunicou a situação ao
Comando Territorial de Leiria.
Nesse dia, o militar teve, cerca das 12h00, um acidente de viação na A24, na zona de Castro Daire (Viseu), no qual sofreu
ferimentos.
O militar deu conhecimento do acidente ao pai e ao comandante, sendo que todos “combinaram entre si alterar a escala no
livro de relatório diário” do posto, para que passasse a estar escalado para o serviço de patrulha entre as 14h00 e as 18h00 e
este serviço “passasse a constar como tendo sido efetuado” entre as 16h00 e as 22h00.
O Ministério Público referiu que, assim, faziam “crer e acreditar” ao Estado, neste caso Ministério da Administração Interna e
GNR, e à ofendida Caixa Geral de Aposentações (CGA), que o militar “se encontraria no percurso desde a sua residência” até
ao posto de Caldas da Rainha, o seu local de trabalho, quando teve o acidente.
“Por via da atuação levada a cabo pelos arguidos”, com idades entre os 40 e 66 anos, o acidente de viação sofrido pelo militar
foi qualificado como ocorrido em serviço, tendo os tratamentos médicos, no valor de 2.299,39 euros, sido pagos pela GNR a
quatro centros hospitalares e a uma clínica.
Já a CGA, na sequência das lesões sofridas pelo militar, atribuiu a este “uma incapacidade permanente parcial, com
desvalorização de 10%”, após parecer de uma junta médica em outubro de 2016.
“Por via do agravamento das lesões corporais, conseguiu que viesse a ser conferida uma incapacidade permanente parcial,
com desvalorização de 12%”, segundo parecer de junta médica em junho de 2021, pelo que a pensão anual foi revista de
1.267,93 euros para 1.521,51 euros. Já o capital de remição pago pela CGA passou de 20.116,98 euros para 22.871,34 euros.
“Os factos praticados pelos arguidos são particularmente graves, uma vez que os mesmos violaram a fidelidade reclamada
pelas suas patentes e qualidades militares da GNR”, sustentou o Ministério Público, considerando ainda que violaram “as
regras e exigências de cumprir e fazer cumprir a lei”.
Para o Ministério Público, a personalidade dos arguidos manifestada nos factos e os elevados graus de culpa “colidem com os
fins institucionais de cargos públicos, de onde resulta a incompatibilidade absoluta entre as ações praticadas e a sua
manutenção no exercício de funções públicas, bem como de qualquer outro cargo público, cujo exercício pressuponha a
observância e o respeito daqueles deveres, por inexistência de condições de dignidade, probidade e confiança”.
Por isso, além dos crimes imputados, o Ministério Público pediu que seja aplicada aos arguidos a pena acessória de proibição
do exercício de funções públicas e a medida de segurança de interdição, além de que sejam perdidas a favor do Estado as
quantias de 2.299,39 euros (tratamentos médicos) e 29.721,97 euros (da CGA), correspondentes às vantagens obtidas por
aqueles.
Um dos militares encontra-se em funções administrativas, sendo que outro está atualmente em licença especial para
desempenho de funções fora da GNR.
O julgamento, por um coletivo de juízes do Tribunal Judicial de Leiria, ainda não está marcado.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Artigos Relacionados

Incêndio desaloja casal de idosos

Um casal de idosos teve de ser realojado numa residencial de São Martinho do Porto depois do incêndio ocorrido na noite de 11 de dezembro na pequena habitação onde residia, em frente a um stand de automóveis na EN8, na estrada entre Tornada e Vale de Maceira.

incendio 1

Novo Passe M no Oeste vai permitir mobilidade gratuita entre os municípios

A partir de 1 de janeiro estará disponível o novo Passe M, uma iniciativa inovadora criada pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) com o objetivo de promover a mobilidade para todos. O Oeste torna-se “a primeira região do país a implementar a gratuitidade dos transportes no modelo intermunicipal, uma solução que reforça o compromisso com a mobilidade universal, tornando-a mais sustentável, tendencialmente gratuita e orientada para as pessoas”.

passe

Atos de vandalismo e furto de materiais nas obras na Linha do Oeste

A Infraestruturas de Portugal (IP) revelou que as obras de modernização na Linha Férrea do Oeste têm sido alvo de “atos de vandalismo e furto de materiais”, nomeadamente ao nível dos sistemas de sinalização e de distribuição e alimentação elétrica aérea, que comprometem as funções de exploração dos equipamentos de sinalização e passagens de nível instalados no longo do troço entre as estações de Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras.

110995 linha1