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Câmara das Caldas lança plano de apoio para receber refugiados

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A Câmara Municipal das Caldas da Rainha desenvolveu um plano de apoio aos ucranianos que vierem procurar refúgio no concelho, que passa não só pela criação de um gabinete de crise, como também pela abertura de um centro de alojamento temporário, apoios diretos e ainda oportunidades de trabalho. A maior dificuldade no concelho é a falta de vagas nas creches.
Câmara anuncia plano de ajuda no concelho

A Câmara Municipal das Caldas da Rainha desenvolveu um plano de apoio aos ucranianos que vierem procurar refúgio no concelho, que passa não só pela criação de um gabinete de crise, como também pela abertura de um centro de alojamento temporário, apoios diretos e ainda oportunidades de trabalho. A maior dificuldade no concelho é a falta de vagas nas creches.

“A expetativa é que cerca de 300 pessoas possam chegar ao concelho” disse, a vereadora da Ação Social, Conceição Henriques, revelando que Caldas da Rainha conta com uma comunidade de 306 ucranianos com título de residência emitido (não contando as famílias ucranianas que já obtiveram a nacionalidade portuguesa), que “poderá suscitar o acolhimento de familiares e amigos que possam chegar da Ucrânia”.

A Câmara das Caldas da Rainha criou um gabinete de crise, que começou a funcionar no dia 8 de março para apoiar os ucranianos que vierem procurar refúgio na cidade.

É uma das medidas do Programa de Apoio aos Refugiados desenvolvido pela autarquia. O município criou também uma equipa de duas pessoas para atuar diretamente junto dos refugiados que cheguem ao concelho. O plano de apoio aos ucranianos inclui ainda alojamento no Centro de Formação Profissional do Coto, com capacidade para 28 pessoas.

O anúncio foi feito na passada sexta-feira, na sede da autarquia, pelo presidente, Vitor Marques, e pela vereadora da Ação Social, numa conferência de imprensa que antecedeu a realização de uma manifestação de solidariedade para com o povo ucraniano à frente da Câmara.

Vitor Marques revelou que Caldas da Rainha tem uma comunidade com “alguma expressão” e “havia necessidade de criar mecanismos para dar acompanhamento de uma forma mais estruturada à onda solidária que está a acontecer no concelho”.

Segundo a vereadora, o Gabinete de Crise tem como objetivo a “coordenação das ações de âmbito municipal a desenvolver em articulação com outros intervenientes locais e nacionais”. “Irá articular medidas com a Segurança Social a nível regional, Instituto do Emprego, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e Alto Comissariado para as Migrações “para prestar informações sobre a forma como irá ser feita a regularização destes cidadãos e fazer chegar aos centros de empregos as suas competências para poderem ser integrados no mercado de trabalho”, explicou Conceição Henriques.

A câmara criou também “uma Task Force Municipal” com dois técnicos da Ação Social, coadjuvados com pessoas das áreas de Educação, Desporto e Juventude, para atuar diretamente junto dos refugiados que cheguem ao concelho”, adiantou Conceição Henriques.

Vão também encaminhar para as estruturas de emprego relativamente às competências e habilitações que estas pessoas trazem, para um possível encaixe.

A Câmara preparou mais três espaços municipais se forem necessários para alojamento.

“No caso de acontecer uma chegada em massa foram feitos contactos com estruturas locais”, informou Conceição Henriques, referindo-se a duas escolas primárias transformadas em centro de acolhimento para deslocados em caso de catástrofes.

Apelo à comunidade para acolher refugiados

A vereadora apelou à comunidade das Caldas que tenha casas livres para acolher refugiados que contactarem o município. Sublinhou que “os refugiados acolhidos por famílias ucranianas ou outras pessoas da comunidade irão receber na mesma os apoios do município”, acrescentando que “muitos ucranianos no país estão a receber os familiares com enormes dificuldades”.

Revelou que a maior dificuldade no concelho é a falta de creches e jardins de infância para acolher as crianças ucranianas. Deu o exemplo de uma mulher e uma criança de dois anos que chegaram na passada semana e que optaram por ficar alojados em casa de uma amiga ucraniana e solicitou uma creche para a filha, não tendo ainda havido resposta.

A vereadora disse que tiveram uma reunião com a comunidade ucraniana nas Caldas e há dois objetivos principais que é “acolher os refugiados e assegurar a integração plena na comunidade”. Revelou que será disponibilizada a Universidade Sénior à noite ou ao sábado para aulas de português.

Para dar resposta a estas ações, o executivo camarário deliberou um aumento do fundo social de emergência em 150.000 euros, “dirigido em exclusivo à resposta aos refugiados”.

Esta verba poderá ser aplicada na aquisição de bens iniciais ou na “atribuição de uma bolsa para auxílio imediato a algumas pessoas que cheguem com maiores dificuldades”, disse o presidente da Câmara. 

Segundo Vitor Marques, tem havido uma grande entrega de materiais nas Juntas e no Arneirense, onde estão a desenvolver a triagem para verificar o que o município precisa complementar com a compra de medicamentos ou outros produtos essenciais para enviar para a Ucrânia.

O posto de atendimento já está a funcionar num edifício camarário na Rua Capitão Filipe de Sousa (junto ao mercado do peixe) “preparado para receber os ucranianos e condignamente fazer a receção e o levantamento das suas necessidades”. Há também um número de telefone direcionado a este posto, 916877699, que deve ser utilizado das 9h00 às 17h00 e foi também criado um e-mail: acolhimento@mcr.pt. 

apoio ucrania 2
Entrega e triagem de material para a Ucrânia no Arneirense 
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