O líder centrista sustentou que o organismo internacional que regula as quotas da sardinha deve “adequar a capacidade de exploração da pesca da sardinha aos recursos que existem no mar, o que não está feito”.
Francisco Rodrigues dos Santos disse que “o setor das pescas tem sido particularmente afetado por esta pandemia, porque houve uma contração da procura do pescado, o que deixou os nossos pescadores numa situação aflitiva e desesperada, porque os níveis de rendimento também diminuíram”.
Em Peniche, a atividade “direta e indiretamente gera muitos postos de trabalho” e “ tem de haver retorno financeiro”.
No âmbito do regulamento do controlo da pesca, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou ter recebido queixas dos pescadores que as contraordenações estão a ser convertidas em crime, o que “é manifestamente exagerado e acaba por dissuadir os pescadores e os futuros pescadores de se dedicarem a esta atividade que tem um grande escassez de mão de obra”.
Para o presidente do CDS-PP, é também necessário repensar na elegibilidade dos próximos fundos comunitários para o setor, ao explicar que as exigências tecnológicas e de eficiência energética requeridas aos pescadores para aceder aos apoios comunitários deixam muitos de fora. “Exigem requisitos a nível da transformação tecnológica e investimentos muito avultados que os pescadores não estão em condições de acompanhar”, explicou. Por outro lado, quando aumentam a rentabilidade, acabam também por ficar excluídos dos fundos comunitários. “Tem de haver uma melhor noção da atividade da pesca”, exigiu.
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