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Bares da praia da Foz tentam aproveitar “take-away” para ajudar o negócio

Marlene Sousa

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Com o tempo quente a chegar, numa altura em que o alívio das medidas de confinamento permitiu a reabertura de bares, restaurantes e esplanadas junto à praia, nada melhor do que matar as saudades com um petisco ou cocktail com vista para a lagoa e mar da Foz do Arelho.
Alguns bares e restaurantes da Foz do Arelho já reabriram e os outros abrem na primeira semana de junho

Alguns bares e restaurantes da Foz do Arelho que estão na Avenida do Mar já reabriram e os outros preparam o seu estabelecimento para reiniciarem o trabalho na primeira semana de junho.

O JORNAL DAS CALDAS falou com alguns responsáveis dos estabelecimentos de restauração na Avenida do Mar e a maioria vai aproveitar o regime “take-away” para salvar o negócio devido às normas de segurança, que obrigam a uma lotação máxima reduzida a metade. Apesar dos prejuízos com o negócio, todos concordam com as medidas e estão a cumprir as normas de higiene e segurança da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Ala Norte

João Ferreira, do Ala Norte, concessionário da praia-mar, garantiu que vai ser “rigoroso no cumprimento das regras de segurança” dentro do seu estabelecimento, que abre a 1 de junho. “Quem quiser cumprir pode entrar, quem não respeitar é convidado a sair”, assegurou.

Contudo, referiu que na praia é “muito mais complicado” implementar as medidas. “Têm que ser os banhistas a serem aliados dos esforços de segurança até para se protegerem, caso contrário, vai ser muito difícil”, alertou, sublinhando que fora do seu espaço não vai fazer policiamento porque “não é minha competência”.

Quanto à montagem das barracas, está num impasse de saber quantas e quando as vai montar, apontando que têm de ter “o distanciamento obrigatório”. Uma medida que até considera positiva porque “obriga as pessoas a manter a distância e não ocupar o espaço de outros”. Um dos problemas que por vezes tinha “era as pessoas ao monte a ocuparem as barracas dos outros”.

As barracas só podem ser alugadas de manhã, até às 13h30, ou à tarde, a partir das 14 horas. “Vou manter o mesmo preço, só que em vez de alugar por um dia a dez euros, vou alugar a manhã ou a tarde por cinco euros”, informou.

Este concessionário vai manter os dois nadadores salvadores.

Cocos Beach Club

O Cocos Beach Club vai reabrir ao público entre 2 a 6 de junho, com alterações devido ao condicionalismo imposto pelas autoridades. O JORNAL DAS CALDAS falou com Ricardo Figueiredo, responsável do espaço, que estava atarefado a tratar de toda a logística para começar a funcionar, acompanhando assim o arranque da época balnear.

Ninguém entra sem autorização do staff. Há uma zona para entrar e outra para sair, número de clientes limitado, lugares intercalados, e um espaço próprio para o serviço de cafeteria que funcionará em regime de take-away. “Temos de abandonar o conceito da pessoa poder vir só simplesmente beber um café e estar aqui várias horas. A área de cafeteria vai ser tudo pelo serviço take-away”, garantiu. “Os pedidos são feitos no balcão de atendimento, onde se realiza o pagamento e levantamento com todos os procedimentos de segurança”, assegurou.

“É como se estivéssemos a abrir um novo espaço”, confidenciou António Querido, que vai transformar o Cocos Beach Club num restobar. “Estamos a mudar a nossa carta de cocktails para um patamar com mais qualidade para diferenciar um pouco dos restantes”, apontou, revelando que o consumo de álcool vai ser moderado este ano. “Acho que as pessoas preferem pedir um drink diferente com qualidade do que ter a mesma oferta que os outros estabelecimentos”, adiantou, revelando que vão ter o gin que vem da Amazónia e por cada garrafa vendida é plantada uma árvore para reflorestar aquela zona.

Vão trabalhar basicamente só com reservas. “No passado ano não queríamos reservas à hora do almoço para não criar complicações, agora temos de contar com a compreensão dos clientes porque com reserva é mais fácil trabalhar”, explicou.

O responsável criou uma aplicação onde os clientes podem reservar mesa e ver a ementa com o telemóvel (QR Code) e os minutos que faltam para se poderem sentar. A aplicação também dá para fazer a encomenda para o serviço de take-away, com a vantagem de saber o tempo que demora antes de levantar as iguarias.

O Cocos Beach Club vai funcionar das 12h00 às 23h00. Os eventos temáticos vão voltar, “mas com as festas sunset ao domingo a partir das 18h00, com o convite para dançar ao pôr do sol, apreciar um cocktail, antecipar o jantar ou simplesmente ouvir música entre amigos”. “Vamos fazer um valor de entrada com uma bebida ou petisco incluído”, informou.

Ondas Bar Taverna

O Ondas Bar Taverna abriu a 22 de maio e a esplanada encheu, até houve fila à espera de mesa. “No entanto as regras mudaram, ninguém entra sem máscara e a espera de mesa é no passeio porque todos têm que estar sentados sem confusões na esplanada e interior do estabelecimento”, disse o responsável, Lúcio Figueiredo.

O espaço funciona das 10h00 às 21h00 e número de clientes está limitado a 50% dos lugares, intercalados, incluindo esplanada e interior. Quanto às novas regras, não deu a sua opinião, revelando que só tem que cumpri-las “com rigor”.

A partir de 1 de junho vai começar a trabalhar por turnos e reservas, privilegiando as refeições e petiscos. “Vou fazer vários turnos de uma hora e meia, iniciando das 12h00 às 13h30, para poder ter tempo de higienizar e desinfetar o espaço”, revelou.

Durante os turnos as mesas são para as refeições, se houver mesas disponíveis podem “sentar-se, mas são avisadas que aquela mesa é necessária para aquela hora”, explicou, revelando que também tem o serviço take-away, onde o cliente pode levar para a praia. Por esse motivo, o empresário espera que haja “bom senso” por parte dos clientes.

Lúcio Figueiredo disse que fez vários melhoramentos no espaço para que os clientes se sintam mais seguros e confiantes, como a colocação de “novas torneiras nas casas de banho com sensores para as pessoas não terem que tocar quando vão lavar as mãos”. Quanto a colaboradores, está a trabalhar com cinco e em julho, dependendo da afluência, poderá contratar mais.

O’Clock

Iuri Libanio, responsável pelo O’Clock, nunca fechou totalmente, trabalhando através do regime de take-away. “O grande problema foi no Estado de Emergência terem fechado ao trânsito a Avenida do Mar, o que me complicou o serviço”, revelou o empresário.

No entanto, reabriu o espaço ao público no dia 20 de maio com todas as regras de segurança obrigatórias definidas pela DGS. O grande constrangimento “é à entrada para a esplanada, com o uso da máscara, onde o cliente está a passar sem máscara e depois tem que colocar o equipamento só para se sentar e depois tira-o para beber ou comer, o que não faz muito sentido”, comentou o responsável, considerando que “faz mais sentido usar a máscara só quando entra no interior do estabelecimento”. No entanto, as pessoas estão a “respeitar as normas de segurança, apesar dos acanhamentos”.

Quanto à afluência de clientes, tem “sido boa”. “Com o bom tempo nota-se uma saudade das pessoas em poderem estar numa esplanada”, apontou.

Iuri Libanio está a trabalhar com uma equipa de três pessoas, com reforços ao fim de semana.

Quanto à forma como vai trabalhar pretende fazer uma parceria com a Uber Eats para o serviço take-away. “Diminuímos a nossa ementa para conseguir responder a todos os pedidos e para que não haja desperdício alimentar, porque não sabemos como vai ser”, explicou. A especialidade da casa e a iguaria mais pedida é a ameijoa fresca da lagoa à bulhão pato.

Quanto ao funcionamento do O’Clock, disse que está “limitado a oito mesas na esplanada e mais quatro no interior, portanto vou ter que trabalhar com reservas”.

Bar Oásis

O café-bar Oásis, na marginal da Foz do Arelho, reabriu no dia 16 de maio com novas regras de segurança. Fecharam o espaço no interior e estão a funcionar só com o regime de take-away. Os pedidos são feitos no balcão de atendimento, onde se realiza o pagamento e levantamento com todos os procedimentos de segurança. “Os cafés e bebidas são servidos em copos descartáveis”, relatou o funcionário Henrique Brettes, acrescentando que só têm acesso ao interior os clientes que querem utilizar os sanitários. As mesas estão intercaladas e “só se podem sentar quando houver algum lugar livre”.

“É como se tivéssemos de aprender a caminhar novamente”, salientou Henrique Brettes, referindo que “estamos todos a aprender, no entanto, o que nós queremos é que as pessoas respeitem”.

Em declarações ao JORNALDAS CALDAS, os ingleses Tony Parsons e Janet Sugden, proprietários do Oásis da Foz, referiram as “dificuldades em manter os ordenados e o negócio”. “O Governo não nos ajudou em nada e nós tivemos que manter os ordenados dos funcionários”, salientou Tony Parsons, revelando que este ano não vai contribuir para os ordenados dos nadadores-salvadores.

“Estamos a trabalhar a menos de 50% e temos que pagar ordenados e IVA e ainda por cima tive que fazer um investimento em copos e embalagens descartáveis para o serviço de take-away”, adiantou.

Tony Parsons criticou ainda a falta de limpeza “nos passeios da marginal”. “Nós temos que desinfetar tudo no nosso espaço, mas ninguém desinfetou os passeios”, alertou.

O inglês censurou as barreiras de estacionamento dos carros colocados pela autarquia das Caldas, revelando que “as pessoas não respeitam e retiram-nas para estacionar os veículos”.

O Banheiro

Ciente das medidas nacionais, Faustino Costa, responsável pelo café-bar “O Banheiro” e concessionário da praia da lagoa, está à espera de instruções locais porque “ainda ninguém me disse nada”. “Sei que tem que haver distância mínima de 1,5 metros entre barracas, mas ainda não sei quantas posso colocar porque depende do espaço que me atribuírem, talvez só metade (25 barracas)”, contou ao JORNAL DAS CALDAS, acrescentando que só a partir de 13 de junho é que as vai montar.

Quanto ao seu espaço, abriu no fim de semana a esplanada só para o serviço de “bebidas e alguns petiscos”.

Quiosque amarelo com filas

O quiosque amarelo na Foz do Arelho, que abriu a 16 de maio, teve filas de espera no primeiro fim de semana de abertura, nomeadamente para a compra de gelados. “Nota-se uma saudade de apanhar ar e contacto social depois do confinamento”, disse ao JORNAL DAS CALDAS a proprietária do quiosque, Maria João Querido, revelando que as pessoas têm necessidade de conversar.

Considera que há civismo nas pessoas e que respeitam o espaço dos outros. “Tenho tido pessoas que pedem desconto num artigo e outros que arredondam a conta para ajudar o negócio”, apontou.

Maria João é da opinião que é necessária a abertura dos sanitários públicos porque é mais difícil nesta altura irem à casa de banho dos bares na marginal, que estão a limitar entradas.

Referiu ainda que há muitos condutores que “não concordam e não respeitam as barreiras de estacionamento e deslocam os separadores para o lado para estacionarem a viatura”.

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