Nesta oitava edição do festival Oeste Lusitano, os cavalos voltaram a ser os protagonistas, mas também houve outras atrações que começaram logo na primeira noite, com os Acordes no Pátio a dar música, no coreto e o espetáculo de variedades com cavalos, dança, música, fogo, luzes, cor e até acrobacia, no picadeiro principal, junto ao antigo Parque das Bicicletas. Mas foi no sábado, que o Oeste Lusitano teve o momento alto, com diversas atividades a decorrer ao mesmo tempo. Desde logo a equitação de trabalho, os desfiles e as demonstrações equestres, os batismos de sela, os concursos de modelo e andamentos, que este ano contou 33 inscrições, apesar de a organização ter ponderado em “não realizar devido à fraca aderência do ano passado” e as habituais provas do calendário nacional, da Federação Equestre Portuguesa, com as vertentes de salto de obstáculo e ensino. Houve ainda exposições, insufláveis, pinturas, sessões de fitness, atuações, street food e, claro, cavalos, muitos cavalos por todo o parque, com o tradicional volteio artístico com Natália Cerqueira.
Apesar de ter mantido pelo quarto ano consecutivo as competições hípicas na parada, a organização optou este ano por alterar “a qualidade do piso, de modo, a proporcionar bem-estar aos animais e segurança aos concorrentes em pista”.
Além do piso, Jorge Magalhães, da assembleia geral da ACPSLO também referiu que “alteramos a disposição da feira, em relação ao ano passado”, deslocando alguns expositores e setores mais para baixo, de modo, a “deixar a zona de cima mais tranquila para os cavalos, que estão em competição”, e ainda “aumentamos a zona dos criadores”. Nesta edição estiveram presentes 29 criadores de cavalo lusitano, mais 17 que a edição anterior.
“Este ano excedemos o número de presenças, o que é fabuloso. Mas também significa que não temos estrutura para acolher mais criadores”, apontou o responsável, acrescentado, que vão “equacionar para o ano reprogramar a forma como temos o certame montado e sermos mais seletivos, com aqueles que diretamente não estão ligados ao mundo equestre”.
No que diz respeito à animação cultural, também “mudamos radicalmente”. “Aumentamos a técnica e a qualidade dos nossos espetáculos, direcionando-os para o público equestre”, explicou Jorge Magalhães, adiantando que “isso fez toda a diferença”.
Outra das apostas consideradas “ganha”, foi a substituição do palco pelo coreto do Parque D.Carlos I. “Independentemente de ser uma montra para os jovens artistas caldenses, que estão a começar na música ou na dança, era algo que não combinava bem com o meio equestre. Além disso era uma agressão a nível do som para os animais”, explicou o responsável da ACPSLO, adiantando que “quisemos dar uma benesse ao coreto, que tem uma beleza única e apropriada para as várias atuações típicas”. E é isso, que “pretendemos, reduzir em quantidade, aumentar em qualidade e tentar dar ainda mais charme ao certame”, referiu Jorge Magalhães, que não poderia estar mais satisfeito com a forma como decorreu todo o evento. Destacou ainda que “este ano fomos para além das expectativas”, no que diz respeito ao número de presenças dos criadores e em termos de público. Novidade no evento foram os postes com a programação e as sinaléticas a dar indicações espalhadas, por todas as ruas do parque. Mas para quem não estava no Parque, teve oportunidade de assistir em direto na Internet, à transmissão garantida pelos alunos do curso de audiovisuais da escola Rafael Bordalo Pinheiro.
No domingo, houve o habitual desfile equestre pela cidade, e à tarde as atuações dos ranchos folclóricos do Nadadouro e Os amigos da Associação de Barrantes.
Largadas de toiros poderão passar para a ruas
As largadas de toiros, que são realizadas na zona da parada, nas traseiras dos centenários pavilhões do parque, voltaram a ser o ponto alto da feira Oeste Lusitano, atraindo dezenas de pessoas às “bancadas, que estiveram sempre cheias”. Face a isso, os criadores do cavalo Lusitano ponderam passar as largadas para as ruas da cidade.
“É algo que a organização gostaría de propor à autarquia, numa próxima edição”, explicou Jorge Magalhães, adiantando que além de ser um espaço mais alargado e com melhores condições, também será uma solução para quando começarem as obras nos pavilhões. Nessa altura, “provavelmente teremos que passar a pista de aquecimento mais para baixo, o que não é bom em termos de segurança para as largadas, por isso pensamos em passa-las para as ruas da cidade”.
0 Comentários