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Artistas internacionais atuaram no palco do CCC

Mariana Martinho

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Jack Broadbent, Hailey Tuck, Club des Belugas & Brenda Boykin, e a brasileira Patrícia Lopes foram os nomes que animaram as quatro primeiras noites da 7ª edição do festival Caldas Nice Jazz 2017. Entre os concertos de rua e os no grande auditório, a maior enchente deu-se na atuação de umas das principais bandas de Nujazz na Europa, os “Club des Belugas” acompanhados pela “jazz lady” Brenda Boykin, onde o grande auditório contou com a presença de cerca de 250 espetadores.
Hailey Tuck no CCC

Depois de na abertura ter atuado a Big Jazz III, o festival continuou na passada quinta-feira, com o concerto do aclamado o “novo mestre da slide guitar”, Jack Broadbent. O músico britânico foi o primeiro músico a abrir o palco do Caldas Nice Jazz para os sons internacionais.

De regresso a Portugal, o bluesman da atualidade, com a guitarra no colo, trouxe ao CCC a sua abordagem virtuosa da guitarra acústica e da técnica slide, num concerto remetido para os clássicos da folk e dos blues, com alguns covers conhecidos. Alternando entre guitarras, ouviram-se nesta noite alguns temas originais que satisfizeram o público.

No dia seguinte, foi a vez da atuação da americana radicada em França, Hailey Tuck, que o ano passado cancelou o concerto no festival e que fez o público recuar à “belle époque”.

Mas antes de começar o concerto na passada sexta-feira, o diretor geral do CCC, Carlos Mota, deu as boas vindas aos presentes. “Estamos conscientes de que um evento internacional como este que apresentamos nas Caldas da Rainha envolve uma série de fatores artísticos e organizativos, que são capazes de proporcionar uma imagem de referência da cidade”, sublinhou o diretor do CCC. Além disso, explicou que “podemos avaliar o impacto cultural que um evento destes proporciona no território regional e na referência artística possui, em termos internacionais”. No caso do CCC, o responsável salientou que “associamos ao evento a promoção de urbanidade completa no contexto da região, que conta com parceiros locais, sem quais seria difícil ter a amplitude que já possuímos com esta festa que é o jazz. Esta noite será uma das noites que recordaremos como uma das grandes noites do Caldas Nice Jazz”.

Hailey Tuck, artista educada com uma dieta de jazz dos anos 30, “regressou a Portugal pela terceira vez”, para dar um concerto no CCC, mas desta vez, para um espetáculo em nome próprio.

Acompanhada por um pianista, um baterista e um baixista, a cantora de jazz entrou em palco, descalça e vestida com um vestido vintage. Ouviram-se os primeiros sons, dos instrumentos acompanhados da sua voz singularmente cativante, que fica em algum lugar entre Billie Holiday, Regina Spektor e Ella Fitzgerald, e que depressa envolveram a plateia num ambiente dedicado ao jazz, com temas do seu último álbum “Delancey Street”. Feliz por “voltar a cantar em Portugal”, a artista de 27 anos explicou que “gosto muito de vir cá, especialmente da gastronomia portuguesa”. Em português, apenas sabe dizer “pessoas, comida e muito obrigado”.

A cantora de jazz, que passou o espetáculo todo a dançar e a comunicar com o público, cativou todos com a uma viagem pelos clássicos como “My Funny Valentine”. Considerado um dos seus “temas favoritos”, Hailey Tuck explicou como o seu amor pelo mundo antigo inspirou-a a deixar tudo e a mudar-se para Paris.

“Nasci em Austin, Texas, mas aos 18 anos fiz o que qualquer adolescente com um amor de jazz dos anos 30 faria: comprei um bilhete de ida para Paris. Ao chegar ao aeroporto de Gaulle nas primeiras horas da manhã, apanhei um táxi pela cidade para “Voltaire”. No decorrer do passeio de táxi inesperadamente longo e caro, ao saber que eu era uma cantora de jazz, o motorista lançou um desafio, que cantasse toda a “La Vie En Rose” de Edith Piaf em francês e a viagem seria gratuita”, recordou a artista, adiantando também que começou a cantar em bares de jazz, o que permitiu que se tornasse “uma das favoritas na cena subterrânea”.

Sentada ao lado do pianista, com o seu copo de vinho, Hailey Tuck continuou o concerto com arranjos ou versões de músicas, como foi o caso do tema ‘Tell Him No’, dos The Zombies, e o “Sunday Morning”, dos Maroon 5. Sobre este último explicou que é um aceno para o guitarrista principal de uma banda, James Valentine, que era o namorado de longa data da sua irmã mais velha. “Ele namorou a irmã errada”, brincou. Também interpretou temas do seu segundo EP, editado em 2014, como “Close to you”, “When it’s sleepytime down south”, “Polkadots & Moonbeams”, bem como do seu último álbum “Seems you’d want me”, “Caroline No” e “My Heart Belongs to Daddy”.

Quase a bater duas horas de concerto, o entusiasmo da plateia deu-se com o tema de Edith Piaf “La vie en rose”. Nesta última música do concerto, muitos dos espectadores acompanharam a artista, até ajudaram-na em parte da letra.

Concertos prosseguem

No sábado, o espetáculo continuou com a inconfundível voz de Brenda Boykin e dos Club des Belugas, que subiram a palco com uma criatividade e intensidade única, fazendo a plateia delirar com a mistura dos estilos contemporâneos.

Patrícia Lopes, compositora brasileira, subiu ao palco no domingo, com um espetáculo inspirado na obra de Fernando Pessoa. Apresentou pela primeira vez em Portugal o seu projeto “O Feminino em Pessoa”, que incluiu apenas voz, clarinete, piano e violoncelo.

O concerto contou ainda com temas apenas recitados pela cantora Paula Mirhan, sem acompanhamento instrumental.

O festival prossegue esta semana com atuação de Aaron Golberg Trio (quinta-feira), Jacqui Naylo & Art Khu (sexta-feira), Sarah Mckenzie (sábado) e no domingo, Afonso Pais & Rita Maria.

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