Arnaldo Valério, 90 anos, sofreu, por diversas vezes nestes últimos meses, sucessivas tentativas de despejo do pequeno anexo em que vive.
Esse anexo não lhe sai barato, pois, o pobre senhor é obrigado a dispor de 150 euros mensais para pagar uma renda de um lugar que não vale dez euros, mas, o que agrava mais a situação é que, depois de uma vida inteira de trabalho, o sr. Valério recebe de reforma, aproximadamente, 190 euros por mês. Feitas bem as contas, digam-me: Como pode governar-se com o que sobra?
O sr. Arnaldo Valério recebeu uma cama, um pequeno frigorífico, diversas peças de roupa, uma mesinha de cabeceira, um abajour e cobertores. Precisa de meias quentes e pantufas.
Está a receber refeições de um lar de idosos, de segunda a sexta. Precisa de um lar. Um grito de socorro fez-se ouvir. Juntámos, poucos, mas bons, amigos, e tentámos de todos os modos convencer as autoridades competentes a ajudar a transferir o sr. Arnaldo Valério para um Lar de Idosos, mas semanas se passaram e, até agora, só ouvimos a frase: “O problema está identificado”. De concreto, não há nada.
Qualquer doação que queiram fazer, que seja diretamente na Junta de Freguesia (Santo Onofre, no Bairro da Ponte). Podem entregar às senhoras (Anjos na Terra) que trabalham na própria Junta. Comprometeu-se a doar, a quem precisa, os móveis citados, aquando da sua entrada num lar de idosos.
0 Comentários