Um português com responsabilidades no restaurante viu um dos trabalhos de Paulo Tuna na Internet e fez a encomenda. Com o apoio de um amigo, Carlos Norte, dono da CIOL, uma empresa de cutelarias de Santa Catarina, foram produzidas cem facas, com um design típico dos países nórdicos inspirado numa faca de caça cruzado com um design japonês. Têm lâmina em aço e cabo em madeira de ébano, num processo de fabrico semiartesanal.
A beleza da faca tornou-a singular. “Eles têm refeições muito trabalhadas e quando servem pratos de carne estas facas acompanham a estética dos pratos”, afirma. “As pessoas que me compraram esta faca disseram-me que ela era muito elegante”, revela.
Paulo Tuna, licenciado em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, onde atualmente é técnico da oficina de metais, tem motivos para se mostrar orgulhoso. “Não sou de fazer muito alarido sobre as coisas que faço, mas sinto-me bem por termos sido nós, portugueses, a colocar lá um produto e não ser outro país”, confessa.
O sucesso que obteve tem aumentado o trabalho e as encomendas de outros clientes. “Todas as semanas há muita procura desta faca mas também de outras facas de chef”, refere.
Paulo Tuna, que tem um atelier no Centro de Artes das Caldas da Rainha, saiu do anonimato, ao fazer as facas com que comem, e em certos casos recebem como prenda, os clientes do melhor restaurante do mundo.
Francisco Gomes
0 Comentários