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Hermínio de Oliveira Homenageado

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Amigos e camaradas de partido homenagearam Hermínio Oliveira, uma figura incontornável na vida cultural e política caldense. A comissão política do Partido Socialista decidiu fazer a justa homenagem num jantar que reuniu amigos, camaradas de partido e familiares. O homenageado comoveu-se de forma contida pelas palavras dos palestrantes e afirmou que apenas consegue sentir aquilo […]
Hermínio de Oliveira Homenageado

Amigos e camaradas de partido homenagearam Hermínio Oliveira, uma figura incontornável na vida cultural e política caldense. A comissão política do Partido Socialista decidiu fazer a justa homenagem num jantar que reuniu amigos, camaradas de partido e familiares. O homenageado comoveu-se de forma contida pelas palavras dos palestrantes e afirmou que apenas consegue sentir aquilo que as palavras não conseguem exprimir, a amizade. “Eu não digo que não mereço, porque sei o que valho. Sei o que dei à família e às Caldas. Não dei mais porque não tinha mais para dar. Quando eu sinto um grupo de amigos homenagearem-me, primeiro sinto que ainda estou muito novo para receber homenagens e depois teria muito tempo para as receber, no dia a dia. Muita gente ignora quanto vale ter um amigo. Não é pelo dinheiro que nos empresta porque não pedimos dinheiro. É por este acto de solidariedade em viver e em saber que aquele que está ao nosso lado também quer viver. Nós temos a obrigação de sermos para ele o mesmo que ele tem de ser para nós. A amizade é um sentimento tão profundo que é muito difícil de definir e eu não tenho essa capacidade, mas tenho a grande capacidade de a sentir. Obrigado a todos”, disse. Pouco antes destas palavras Jorge Sobral, em nome do Governador Civil do Distrito de Leiria, entregou uma medalha de reconhecimento pelo tributo de Hermínio Oliveira enquanto político e cidadão, e pelo que deu às Caldas, ao distrito e ao país, quando foi deputado da Assembleia da República. “É um homem com prudência e capacidade de viver com todos. O Governo Civil de Leiria tem a obrigação de o reconhecer”, disse Jorge Sobral. Delfim Azevedo louvou o homenageado pela sua “humildade, capacidade de estar sempre de cabeça levantada”, e por “ser uma referência na memória, na esperança e a primavera da sociedade” porque “é um exemplo a seguir”. António Galamba, governador civil de Lisboa e que estava arredado da vida política caldense quebrou a sua promessa para dizer que “as Caldas pecam por não sublinharem a riqueza que tem e não apostam no futuro. A iniciativa da comissão política é um sinal que damos e que honra os valores de Hermínio de Oliveira”. Anabela Serrenho, filha do homenageado caracterizou o progenitor por ser “uma pessoa de coração mole” e “um pai sempre esteve presente. Sempre foi uma pessoa de trabalho e que defendeu sempre a família”. O seu filho, Carlos Hermínio sentiu-se honrado pelo tributo prestado ao pai, lembrando uma celebre frase do seu progenitor. “Apreendi nunca dizer não quando se quer dizer sim e nunca dizer sim quando se quer dizer não”. António Freitas lembrou a figura por ser “um homem bom, tolerante, sincero, sempre no combate, pragmático e um sonhador”. José Carlos aproveitando os valores de Abril e a homenagem, fez um apelo aos camaradas para que o Partido Socialista “dê o exemplo ao abdicar dos interesses por Portugal”. Rui Correia disse que Hermínio Oliveira “é um exemplo de dignidade e de generosidade, porque qualquer pessoa em seu redor sente-se bem. Hermínio Oliveira é um património indispensável”. Vasco Trancoso considerou o homenageado “um livro aberto”, pela sua “escrita peculiar e palavra fácil”. Segundo o médico o galardoado “é um exemplo de cidadania sempre disponível para ensinar”. Mário Gonçalves, antigo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar das Caldas recordou Hermínio de Oliveira, pela “diversidade dos seus interesses intelectuais. Pugnou sempre pelos direitos políticos e cívicos que conferem ao cidadão a plenitude da sua condição de homem livre”. “Hermínio Oliveira é um cidadão de referência que muito honra a nossa comunidade. As suas actividades cívicas são prova da sua franca disponibilidade para empreender e participar em iniciativas que contribuem para a divulgação e preservação do nosso património. A sua forma de estar, frontal e leal, dedicada aos bons princípios, exercendo continuamente os seus deveres de cidadania, justificam amplamente o tributo que lhe é prestado, pois constitui uma manifestação pública de sincera admiração pelos valores intelectuais, éticos e sociais que definem o bom carácter do cidadão”. Antes desta declaração, o professor Mário Tavares apresentou de uma forma clara a figura do homenageado. “O Hermínio é um cidadão singular. Não traiu, não pisou ninguém para trepar, nunca se pôs em bicos de pés reivindicando um estatuto a que, aliás, muitas vezes, tinha direito. A vida pública encarou-a sempre como um serviço a prestar à cidadania. Nunca hostilizou adversários, para lá do confronto ideológico, usou sempre o debate como pretexto para estabelecer pontes, para construir amizades”, disse Mário Tavares. “Autodidata de formação, frequentou a universidade d vida de uma forma intensa. Culto, dotado para as letras, escreveu dezenas ou centenas de crónicas na imprensa local e regional, escrita e falada, e publicou livros de memórias, que são tesouros de sabedoria. Se de alguém se pode dizer que foi um homem dos sete instrumentos, o Hermínio, certamente, formava uma orquestra. Alfaiate de mérito, vendedor, comerciante, bibliotecário, bibliófilo apaixonado, ex-librista, encadernador, livreiro, alfarrabista, autarca, deputado parlamentar fluente, dirigente partidário, dirigente associativo, actor de teatro amador, declamador, conferencista, radialista, cronista, entre outros. Este ecletismo de vida, coisa que nos dias de hoje, em gerações mais jovens, não seria possível encontrar, tem no Hermínio de Oliveira a sua máxima expressão. Possui uma qualidade rara. Sente-se bem em qualquer ambiente. Do mais erudito ao mais popular, o Hermínio nunca destoa. Está sempre bem. Gosta-se dele em todas as circunstâncias em que se veja”, concluiu. Durante este jantar foram entregues diplomas por mais de 25 anos de militância a Olga Isidoro, Lídia Tavares e Joaquina Oliveira. Carlos Barroso

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