O evento, organizado por Mário Silva através do coletivo Caldas BMX Classics, pretende recuperar e valorizar a memória local da BMX, que marcou uma geração nas Caldas da Rainha.
A ideia do evento surgiu durante a pandemia, quando Mário Silva, de 42 anos, começou a recuperar bicicletas antigas, suas e de amigos, procurando reconstruir a época em que a BMX teve grande expressão na cidade. “A história da BMX nas Caldas começou na nossa geração. Aqui, quase todos íamos de BMX para a escola. Era uma parte da nossa vida”, recordou.
A exposição inaugurada no Museu do Ciclismo é apresentada como a primeira mostra dedicada à BMX em Portugal no contexto museológico. Já o Bike Show deu espaço a colecionadores de todo o país, com bicicletas sobretudo dos períodos old school e mid school, até meados dos anos 2000. A iniciativa contou ainda com street food e atuação do músico Vital.
Entre os participantes estiveram nomes reconhecidos do meio, como Sérgio Monchique, campeão mundial de flatland em 2000, Nuno Milhinhos, o primeiro atleta a realizar um backflip em Portugal e Diogo Tuco, campeão nacional de freestyle, habitante das Caldas da Rainha. Foram atribuídos prémios simbólicos em cinco categorias, sendo elas as seguintes: Best original condition, best custom project, best survivor, melhor restauro mid school e melhor restauro old school.
Mário Silva destaca que o encontro acabou por reunir uma geração que já não se encontrava há muitos anos. “Passou aqui muita gente. Houve reencontros emocionados. Conseguimos reunir uma comunidade que estava dispersa. Foi muito especial”, afirmou.
O organizador sublinhou ainda o papel determinante da MetroBikes, de Sérgio Monchique, no desenvolvimento da iniciativa. “O evento no Céu de Vidro contou com o apoio da MetroBikes e foi o Sérgio Monchique que me encorajou a avançar para um encontro a nível nacional. Sem ele, este evento não teria tido este impacto”, referiu.
O evento contou com o apoio do Município das Caldas da Rainha e do Museu do Ciclismo, que colaborou na produção de lembranças e na organização logística.
Mário Silva admite que a vontade é repetir: “Juntámos pessoas de norte a sul. A comunidade da BMX existe e está viva. Este foi só o início”.









