J.C. – O hospital é uma das maiores preocupações. Qual a sua posição?
J.A. – A construção de um novo hospital é uma prioridade incontornável. O atual edifício do Hospital das Caldas da Rainha encontra-se envelhecido e com limitações estruturais, pelo que a sua substituição é inevitável. Defendo que deve ser realizada uma análise rigorosa para determinar a localização que permita à maioria dos caldenses aceder ao hospital no menor tempo possível, algo que, até agora, tanto o Governo como a Câmara Municipal têm negligenciado. Esta decisão não pode ser adiada, sob pena de comprometer a qualidade dos cuidados de saúde e o bem-estar da população.
J.C. – A Linha do Oeste é fundamental para a mobilidade e desenvolvimento da região. Que pressão vai fazer ao Governo na melhoria das ligações ferroviárias?
J.A. – Uma Linha do Oeste a funcionar, eletrificada, a horas e com qualidade, seria a chave para o desenvolvimento de Caldas da Rainha. A Câmara das Caldas tem que exigir intransigentemente a sua requalificação, não tenho dúvidas que todos os cidadãos beneficiariam disso.
J.C. – Qual é a sua visão para o relançamento do termalismo e como encara a construção do novo balneário termal?
J.A. – O Hospital Termal tem de ficar na esfera pública e beneficiar a população por igual. Quando pensamos o turismo termal, temos de o distinguir dos cuidados de saúde que os cidadãos precisam, de modo a que o nosso setor turístico possa prosperar sem causar um detrimento nos serviços públicos.
J.C. – A falta de habitação acessível é um problema. Que medidas defende para aumentar a oferta de habitação no concelho?
J.A. – A Habitação é a prioridade principal do Livre nestas eleições, por isso propomos 10% de habitação pública, isto garantiria que os nossos jovens podem sair de casa e ter acesso a habitação acessível, assim como retiraria pressão do mercado, baixando as rendas como um todo. Estas habitações seriam espalhadas pela malha urbana de modo a não criar bairros com menos investimento.
J.C. – Como pretende apoiar o comércio local, a indústria, a agricultura e o turismo?
J.A – O Livre propõe a criação de um banco de fomento local (como secção do banco de fomento nacional), garantindo para as empresas empréstimos em melhores condições do que a banca tradicional.
Para os nossos agricultores propomos o selo Caldas, uma garantia de produção local. Os produtos alimentares estampados com este selo seriam servidos nas nossas cantinas públicas, apoiando diretamente os nossos agricultores e reduzindo a sua pegada ecológica. Isto seria aplicado também ao nosso artesanato e cerâmica.
J.C. – Que políticas ambientais considera prioritárias para o concelho?
J.A. – Uma das nossas medidas ambientais volta ao fim do mês de todos os caldenses, com um programa de isolamento térmico para as casas do concelho, esta medida reduziria o consumo energético, apoiando o ambiente, e reduzindo a conta da energia. Temos de reformular as linhas do Toma para haver mais autocarros por hora e mais rápidos, dando liberdade de mobilidade para todos e também apoiando o ambiente.
Para os espaços verdes, o Livre propõe a criação de veredas verdes municipais, ruas arborizadas que ligam os espaços verdes e permitem ter sombra e conforto na rua, reduzindo a poluição e fazendo as nossas ruas mais convidativas.
J.C. – As Caldas têm uma forte tradição cultural e artística, assim como uma importante dinâmica associativa e desportiva. Como tenciona apoiar estas áreas?
J.A. – As Caldas da Rainha são um espaço onde as ideias se transformam em cultura. Propomos a criação de bolsas para artistas e autores em início de carreira, de forma a reter o talento que se forma na ESAD.CR – Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Pretendemos também criar casas da criação cultural, oferecendo um espaço onde essas ideias possam concretizar-se. Paralelamente, queremos lançar o programa Brincar Livre, que permitirá aos alunos das escolas do concelho aceder a atividades extracurriculares organizadas em parceria com associações desportivas, culturais e ambientais, ora recebendo estas associações nas escolas, ora promovendo a ida dos alunos aos espaços associativos.
J.C. – O concelho é composto por várias freguesias. Que estratégia terá para garantir uma distribuição equilibrada de investimentos e atenção a todo o território?
J.A. – O nosso concelho precisa de maior transparência e de uma democracia mais participativa, com consultas regulares junto das populações de todas as freguesias, garantindo que todas as vozes são ouvidas e consideradas nas decisões locais.
J.C. – Que mensagem gostaria de deixar aos eleitores das Caldas?
J.A. – O nosso foco é o custo de vida e o vosso fim de mês. Queremos habitação acessível para todos, mobilidade livre dentro da cidade e ruas convidativas para os cidadãos. Defendemos o comércio local, as empresas, a cultura, os artistas e os autores, e ambicionamos transformar a imaginação dos caldenses na cidade que todos sonham. No dia 12, somos a alternativa, somos o futuro e temos soluções para os problemas do dia a dia. Queremos uma cidade para viver: Caldas, Verde e Livre.









