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Montanhas e vales na nossa vida

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Adoramos estar nas montanhas, mas é nos vales mais sombrios que nos descobrimos.
Rui Vieira, gestor Prontos

Adoramos estar nas montanhas, mas é nos vales mais sombrios que nos descobrimos.

Somos frequentemente atraídos pela majestade das montanhas porque elas representam os picos do nosso sucesso, os momentos de glória que todos queremos um dia alcançar, mas é nos vales – nos períodos de dificuldade e desafio que a nossa jornada (ou pelo menos grande parte dela) acontece.

Este contraste entre a expectativa de estarmos na montanha e a realidade de vivermos a maior parte da nossa caminhada no vale persegue-nos e tem impacto no que fazemos, como fazemos mas essencialmente no porquê de fazermos o que fazemos. Já temos o maior impulsionador de montanhas criado, basta teres um cartão de crédito pronto e consegues manter-te na montanha. As redes sociais estão preparadas para manter pessoas nas montanhas, o tal lugar de sucesso, seguro e brilhante.

Mas entretanto, por outro lado, a nossa vida acontece nos vales, e eu acredito que é nestes momentos em que enfrentamos e superamos dificuldades, que a humanidade encontra a verdadeira essência da nossa existência.

Richard Tedeschi e Lawrence Calhoun desenvolveram a teoria do crescimento pós-traumático, em 2004 focam-se na ideia de que as pessoas podem experimentar um significativo crescimento pessoal após enfrentarem traumas ou problemas significativos. Este crescimento não apenas inclui a recuperação do trauma em si, mas também o desenvolvimento de novas perspectivas e habilidades, maior sentido pela vida, relacionamentos mais profundos, maior força interior, e um sentido aprimorado de possibilidades para a vida.

Por outro lado, Carol Dweck, autora do livro Mindset: The New Psychology of Success, introduz a distinção entre dois tipos de mentalidades:

Mentalidade fixa: Pessoas com uma mentalidade fixa acreditam que as suas qualidades básicas, como inteligência e talento, são traços fixos. Tendem a evitar desafios e desistem facilmente quando são apresentados obstáculos, vêm o esforço como inútil diante do insucesso, ignoram críticas úteis e sentem-se ameaçados pelo sucesso dos outros.

Mentalidade de Crescimento: Pessoas com uma mentalidade de crescimento, por outro lado, acreditam que as suas habilidades e inteligência podem ser desenvolvidas com tempo, esforço e dedicação. Tendem a abraçar desafios, persistir diante de obstáculos, ver o esforço como o caminho da excelência, aprendem com críticas e encontram lições e inspiração no sucesso dos outros.

Na minha jornada, identifico-me mais com o trabalho realizado nos vales. É lá, no coração dos desafios, onde a verdadeira diferença é feita. Ajudar outros iguais a nós a navegar pelos seus próprios vales, a enfrentar as suas adversidades e a encontrar caminhos para emergir mais fortes e capacitados é uma missão que transcende a magnífica celebração dos picos nas montanhas.

Mesmo que as montanhas representem os nossos sonhos é nos vales que o nosso caráter é formado, que aumentamos exponencialmente a nossa determinação e nossa capacidade de inovar. Permanecer nas montanhas é mais aliciante, principalmente se tivermos dinheiro para o fazer, mas se decidirmos abraçar a jornada através dos vales, provavelmente veremos a verdadeira transformação a acontecer, é que felizmente empreendedorismo não é uma publicação paga, com vários likes e partilhas, a maior parte das vezes é pouco romântico e atrativo, sofredor, angustiante até e nestas alturas precisas de amigos, não de seguidores.

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