Hoje percebemos muito bem porque é que os vários poderes e em particular o poder financeiro têm o Partido Socialista amarrado, retirando-lhe a capacidade de fazerem o que devem em prol dos cidadãos, para que estes tenham alguma folga nas economias familiares, e liquidez disponível, conseguindo com isso ter para si e para as famílias melhor qualidade de vida.
Quando falo em poderes financeiros, falo de empresas de telecomunicações, também dos grupos que têm o controlo dos media, o mesmo para os seguros, para a banca, e para as empresas de energia, eletricidade, gás e combustíveis, etc…
Vamos por partes, por exemplo o monopólio das telecomunicações, a legislação facilitadora e promotora desse monopólio e das fidelizações, que permitem lucros de milhões, à custa do roubo descarado aos cidadãos, que não têm alternativa se não pagar o que lhes exigem as operadoras, que mais não são do que quadrilhas respaldadas por leis criadas por deputados ligados aos grandes escritórios de advogados do Porto e de Lisboa, que por sua vez representam os interesses das referidas operadoras de telecomunicações, ou seja, uma realidade circular do tipo pescadinha de rabo na boca, onde o rabo e a boca são respetivamente o poder político e o poder da alta finança, já o corpo são os cidadãos que trabalham desalmadamente para pôr alguma comida na mesa, para o sustento dos seus filhos e que não têm como evitar estar na mão desses predadores despudorados.
Outro exemplo são os quatro grupos que em Portugal controlam os media, a comunicação social, quer seja a imprensa escrita, as televisões ou as rádios, estão manietadas pelos subsídios que o Governo vai “escorregando”, a troco de silêncios inconcebíveis, e também de notícias fabricadas sobre os opositores do Partido Socialista, para criar a dúvida nas mentes mais distraídas, e com essa dúvida o descrédito nas alternativas mais moderadas, dando aos fundamentalismos as sementes para justificar a sua existência e o seu crescimento. É inadmissível aceitarmos este deplorável estado de censura e mentira em que a comunicação social nos envolve, empurrando muitos cidadãos para a inércia, para a procrastinação e para o abandono da luta pelas causas, mesmo daquelas em que acreditam e são importantes para a sua vida.
Podemos dizer que o Governo em nome do Estado que somos todos nós e, portanto, em nosso nome, subsidia a comunicação social para ter sobre ela o controle necessário aos seus próprios interesses, escondendo e mentindo, omitindo e mostrando; mais uma vez a tal realidade circular do tipo pescadinha de rabo na boca onde os dois poderes dividem o rabo e a boca, deixando aos cidadãos o corpo que usam para trabalhar até à exaustão, quase sempre calados e muitas vezes fingindo não perceberem a manipulação de que são alvo.
Os seguros e a banca, os poderes financeiros que se abraçam numa dança liberal e nua; uma dança liberal, porque se têm lucros, não querem o Estado metido em nada, são os grandes impulsionadores do liberalismo económico, que lhes permite serem capazes de ficar com a casa de quem a não consegue pagar, ou de encerrar uma empresa que pode ser viável, mas não está a cumprir com o plano traçado para o lucro, ainda que com algumas dezenas ou centenas de colaboradores, ou mesmo apenas com meia dúzia, ou dois, ou três; uma dança nua, porque se têm prejuízos, despem o fato e a gravata “Armani”, a meia e o sapato de marca, e vem nus e de mão estendida pedir ajuda ao Estado que são todos aqueles a quem a seguir conseguem tirar a casa ou encerrar a empresa, sem pudor e com a conivência do poder político.
Energia, eletricidade, gás e combustíveis, mas quem é que se importa? Quem é que consegue perceber as políticas de preços permitidas pelo governo? Quem é que consegue entender, que um governo não tenha a sensibilidade de perceber a importância, que estes elementos têm no custo de vida para as famílias e para as empresas, e não faça nada? Além da enorme receita que este estado de coisas proporciona ao Governo, que outros interesses estão a ser protegidos para que ele não tome medidas que interessem aos cidadãos e às empresas? Perguntas que não terão qualquer resposta, mas que me suscitam muita desconfiança, e que segundo o que dizem os especialistas dos setores, justificam a realidade circular que é evidenciada pelo protecionismo de que são beneficiários, que permite receitas brutais ao Governo, que lhe dá a capacidade de distribuir pelos seus apaniguados e pelos “boys”, cujos empregos vai criando nas mais variadas actividades do sector público e empresarial do Estado, nas entidades e instituições centrais, mas também no poder local, nas empresas municipais e outras criações locais, não por necessidades de funcionamento, mas com o objectivo de ir alargando a sua base eleitoral, que por sua vez, a seguir, lhe entrega de novo o poder em eleições, e assim por diante, até que um dia os portugueses acordem.
Acordem e percebam que Portugal precisa de ser governado numa lógica vertical, em que os botões do elevador social sejam tipificados pela meritocracia, como defende o CDS-PP e não numa realidade circular à maneira socialista, tipo “pescadinha de rabo na boca”, onde no lugar do mérito convive o amiguismo, e que por falta de uma estratégia nacional, que crie nos cidadãos um horizonte de esperança projectado a uma década ou duas, e que lhes aponte o caminho da sua própria valorização, sem “cunhas”; acordem e percebam, que com esta governação socialista apenas teremos cada vez mais pobreza, mais atraso e menos Portugal.
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