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“Sala de Processos” para os alunos criarem o que quiserem

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Desde o início deste ano letivo que o Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro conta com uma artista residente, Amábile Maria, que está a desenvolver um projeto abrangente na área cultural para os alunos. Uma das primeiras iniciativas foi a criação da “Sala de Processos”, onde qualquer aluno pode estar à vontade e criar o que quiser.

Desde o início deste ano letivo que o Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro conta com uma artista residente, Amábile Maria, que está a desenvolver um projeto abrangente na área cultural para os alunos.

Uma das primeiras iniciativas foi a criação da “Sala de Processos”, onde qualquer aluno pode estar à vontade e criar o que quiser.

“Tinha de haver um lugar na escola onde nós pudéssemos criar livremente e onde houvesse diálogo”, explicou a professora Cecília Correia, coordenadora do Plano Nacional de Artes (PNA). É também uma forma dos professores se aproximarem da forma de estar que atualmente os alunos têm, sem ser de uma forma rígida e formal. “Eles gostam de estudar deitados no chão ou num sofá e não é por isso que não aprendem”, considera.

A sala aproveita um espaço desaproveitado à entrada do Bloco 3 e está a ser utilizado também por alguns professores para darem as suas aulas de forma diferente.

Neste momento está exposta na “Sala de Processos” a exposição “Walking on my shoes”, que o JORNAL DAS CALDAS noticiou na edição anterior.

O trabalho que está a ser realizado por Amábile Maria – no âmbito do desenvolvimento local do PNA e do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar – insere-se não só na escola secundária, mas também em todos os outros estabelecimentos de ensino do agrupamento. Na Escola Básica de Santa Catarina, onde existe também uma “Sala de Processos”, esse trabalho é realizado em colaboração com a professora Susana Silva, uma vez que é a coordenadora do PNA nesse estabelecimento de ensino.

Amábile Maria explicou que estas salas têm como principal missão fazer os alunos terem mais atenção ao processo de criação em si, em vez de estarem focados na entrega de um trabalho final ao professor e esperarem uma nota. Os alunos assim não aproveitam o processo de aprendizagem e criação. “Por isso, acaba por haver falta de pensamento crítico sobre o que estão a fazer”, referiu a artista.

Igualmente atriz, Amábile Maria criou um grupo de teatro, que ensaia nesta sala, através do qual têm sido desenvolvidas várias performances.

Escola com plano artístico

O PNA teve início em 2019 e irá decorrer até 2029. No âmbito do PNA, o Ministério da Educação está a apoiar o desenvolvimento de planos artísticos nas escolas, dos quais fazem parte a contratação de um artista residente.

A coordenadora do PNA é responsável pela organização de atividades artísticas ao longo do ano “para aproximar a escola do território criativo e cultural onde se insere”.

Desta forma, pretende-se que os alunos conheçam a vida cultural da sua cidade, através do acompanhamento de todas as atividades que se realizam e dos espaços existentes, como os museus e também o que acontece noutros agrupamentos.

Ao longo deste ano têm sido organizados vários eventos, como a comemoração dos 100 anos de Saramago, com “quadros vivos” inspirados nas pinturas do caldense José Santa-Bárbara, realizados pelos alunos nas salas de aula, e uma leitura de trechos de livros do escritor, por cem alunos.

Teve ainda lugar uma atividade de Mediação Educativa, com Daniel Seabra (artista de circo contemporâneo) e o rapper caldense Elton Malta também está a colaborar com o agrupamento com o seu projeto “Rap na Escola”, nas aulas de português.

A editora caldense “Éditions N’importe Quoi”, do casal Laura Figueiras e Kevin Claro, está a promover aulas de encadernamento, no ensino secundário e nas escolas do 1º ciclo do agrupamento.

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