O presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Vitor Marques, manifestou em reunião do executivo que a realização no Parque D. Carlos I do festival musical Impulso, que este ano decorreu entre 23 e 25 de junho, deve “merecer reflexão, sobretudo com a futura instalação do hotel nos Pavilhões do Parque e funcionamento das termas”.

O assunto foi suscitado pelo vereador Tinta Ferreira, do PSD, que referiu que dada a crescente dimensão do evento, entende ser importante uma reflexão sobre a sua realização no Parque D. Carlos I, onde esteve o palco principal e o palco Grémio, o que “causa grande impacto nas ruas habitacionais adjacentes”.

Como a segunda parte da festa decorre num espaço fabril arrendado na zona industrial, Tinta Ferreira, que se mostrou satisfeito com o crescimento de um festival que surgiu nas Caldas da Rainha quando era presidente da Câmara, sustentou que “deve-se ponderar a realização de todas as festividades do Impulso nessa zona ou, em alternativa, na zona do complexo desportivo, para minimizar o incómodo ao nível do ruído”.

O Impulso 2022 foi organizado pela Pulsonar Associação, numa co-organização com o Município das Caldas da Rainha e em parceria com a ESAD.CR (Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha). A autarquia atribuiu uma comparticipação financeira no valor de 58.519 euros, tendo em vista o apoio às despesas com a realização e infraestruturas.

O evento contou com nomes como Branko, Tomasa Del Real, Virgen María, Conjunto Corona, Nídia, Fogo Fogo, Puta da Silva, Mão Morta, Club Makumba, Maria Reis, Bleid, Merca Bae, Odete, Scúru Fitchádu, Pluto, entre outras propostas musicais.

Entretanto, a abertura do Hospital Termal na área do tratamento das doenças muscoesqueléticas está prevista para o mês de agosto, havendo antes uma pré-inauguração, revelou na reunião camarária a vereadora Sara Oliveira, do Vamos Mudar.

O vereador do PS, Luís Patacho, sugeriu convidar para a inauguração o presidente do Conselho Científico da Associação Europeia de Cidades Históricas Termais, de que Caldas da Rainha é membro.

A abertura de concurso para preenchimento de um posto de trabalho para o Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal mereceu a abstenção da parte dos vereadores do PSD, Tinta Ferreira, João Frade e Maria João Domingos, que argumentaram que “uma vez que se procura contratar um técnico superior para colaborar no pelouro de ambiente” a admissão de candidatos apenas com a vertente de biologia, como consta dos procedimentos, é redutora.

Os vereadores têm dúvidas se não poderiam ser incluídas outras áreas, como por exemplo engenharia do ambiente e não apenas a área específica de biologia, o que será “reduzir o leque de potenciais concorrentes a este lugar”.

A decisão foi, contudo, aprovada, com os votos a favor do presidente da Câmara e dos vereadores Joaquim Beato e Sara Oliveira, do Vamos Mudar, e Luís Patacho.

A Câmara autorizou a execução dos trabalhos de substituição de coberturas na EBI de Santo Onofre até 16 de setembro e em relação à empreitada da Creche da Ramalhosa aprovou a suspensão das obras para verificação da necessidade de estudar alterações a introduzir ao projeto, até 31 de julho.