A Câmara Municipal das Caldas da Rainha assinalou no dia 16 de março os 48 anos do “Golpe das Caldas”, que falhou, mas que acabou por ser o arranque para a revolta de 25 de abril de 1974. A data histórica foi comemorada com uma sessão evocativa, que se realizou junto ao “Monumento do 16 de Março”, instalado em frente ao quartel da Escola de Sargentos do Exército (ESE).
Foi há 48 anos, na madrugada de 16 de março de 1974, que uma coluna de cerca de 200 militares do Regimento de Infantaria 5, atualmente Escola de Sargentes do Exército, saiu das Caldas da Rainha rumo a Lisboa para derrubar o governo. Mas o “Golpe das Caldas” falhou, acabando por ser “um acontecimento decisivo no caminho que, 40 dias depois, levou ao 25 de Abril e a um novo estado democrático”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, Vitor Marques, junto ao “Monumento do 16 de Março”, do escultor José Santa Bárbara, que representa os muros da repressão que existia antes do 25 de Abril, a partir do qual é elevado um “canhão” que liberta uma espécie de fogo-de-artifício simbolizando a criação de uma nova democracia.
O autarca também lembrou que “o Golpe das Caldas foi um ato revolucionário, feito com muita fraternidade e sem grandes problemas, como, infelizmente, aqueles a que estamos a assistir atualmente, nomeadamente com a Ucrânia”.
Na iniciativa estiveram presentes vários autarcas e o 2º comandante da ESE, tenente-coronel Helder Coelho, que sublinhou que “o 16 de Março foi uma data importante para o país, pois foi um elemento percussor para a revolta de 25 de Abril e para o sistema político que temos hoje”.
Além desta ação, a autarquia entregou um exemplar da banda desenhada que conta a história do “Golpe das Caldas”, da autoria do mestre José Ruy, a todas as bibliotecas escolares do concelho.
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