A AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste, além de apoiar a criação de novos negócios, tem um gabinete de ajuda à comunidade empresarial. O objetivo é orientar sobre incentivos e apoios disponíveis para empresas em dificuldades financeiras, apresentação de soluções em várias vertentes, agilização de procedimentos e desenvolvimentos de parcerias que possam potenciar a atividade económica.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Jorge Barosa, presidente da AIRO, explicou que no início da pandemia, em março de 2020, uma das ações da direção foi abrir as portas à comunidade empresarial. “Uma vez que temos o know-how, em vez de trabalhar só com os associados, decidimos abrir a todas as pequenas e médias empresas que são as que têm menos clareza relativamente às alterações constantes nas medidas de apoio e dificuldades de acesso às ajudas”, referiu.
O presidente adiantou que a AIRO considera importante o esclarecimento das dúvidas do tecido económico da região, melhorando “a resposta aos problemas e à retoma demasiado gradual”.
“A AIRO tem na sua génese o empreendedorismo e quer continuar a trabalhar em prol do tecido empresarial criando riqueza e postos de trabalho mais qualificados e tudo fará para que a região Oeste fique ainda mais forte”, apontou.
O gabinete de empreendedorismo está aberto mediante agendamento de reunião, seja numa perspetiva de candidatura ou relacionado com questões de licenciamento, PRR, apoios financeiros, apoios jurídicos, apoio técnico, comunicação prévia, livros de reclamações, horários, entre outros assuntos.
A AIRO tem ainda colaboração e protocolos com diversas entidades e consoante cada caso direciona as empresas para os gabinetes de apoio adequados.
“Alguns empresários que têm negócio pensam que está tudo legal e por vezes não é bem assim”, disse Sérgio Félix, secretário-geral da AIRO, apelando aos empresários que agendem uma reunião e esclareçam as dúvidas ou preocupações.
Reconhecida como uma referência no mundo do empreendedorismo, a AIRO nos últimos 10 anos ajudou a criar cerca de 700 negócios em mais de 20 concelhos, em que em Caldas da Rainha está em 1º lugar. Foram criadas empresas em diversas áreas como informática, turismo, restauração e serviços na ótica de serralharia mecânica, construção civil e terraplanagem.
Isabel Henriques, diretora financeira da AIRO, disse que aconselham ainda as empresas ao nível dos créditos bancários nomeadamente de produtos que são protocolados com a Sociedade Mútua, que envolve garantias e benefícios para os promotores. “Têm mais facilidade ao crédito se forem através essa via e muitos não conhecem e nós direcionamos nesse sentido”, apontou.
Quanto aos concursos de empreendedorismo promovidos nas escolas, segundo o secretário-geral da AIRO iniciaram há 15 anos e tiveram dois alunos que participaram nas primeiras iniciativas e estiveram com os seus projetos num gabinete de incubação no Caldas Empreende, que funciona há mais de uma década.
A associação empresarial continua a promover os concursos, considerando que são uma “criação de valor para os alunos”. O representante da AIRO desafio os pais a “envolverem-se nos projetos e a apoiarem o desenvolvimento de ideias, agora muito ligadas às questões da economia circular e ambiente”.
Iniciativa-piloto de procura de emprego
A AIRO vai constituir uma equipa de procura de emprego com desempregados desta região, perante um convite do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional). Trata-se de uma iniciativa piloto com o objetivo fundamental de promover a inserção profissional dos desempregados e de responder às necessidades de recursos humanos das empresas.
A iniciativa carateriza-se por “constituir uma equipa de pessoas que estão desempregadas e orientados por um mentor verificar junto das empresas quais as necessidades de recursos humanos”, explicou Sérgio Félix, acrescentando que é “uma intervenção de proximidade ao território com o intuito de “empregar pessoas e em simultâneo ir ao encontro das necessidades das empresas que precisam de trabalhadores com certas qualificações”.
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