Novo ano, nova vivência, novos desafios!!!
Politicamente, o novo ano, traz novos desafios e dificuldades às forças políticas locais.
PS e PSD, mas também as outras forças partidárias, como a CDU e CDS, e BE, iniciam o ano com o propósito de fixar, recuperar, ou sobreviver, às eleições legislativas.
Mas colocando um pouco à margem as legislativas, e centrando a análise na dinâmica local, encontramos algumas particularidades e desafios aos nossos políticos locais. No PS Caldas temos no primeiro trimestre eleições para a sua estrutura, com um combate a dois, entre Pedro Seixas, e Isabel Alves Pinto. Pedro Seixas representa uma linha de continuidade com as anteriores direções, na lógica do projeto político do PS que foi a votos em setembro. Isabel Alves Pinto, mais à esquerda, representa uma rutura, um corte com o passado, ainda que presentemente ainda não conheçamos as suas linhas programáticas. Mas qualquer que seja o caminho da liderança, o PS terá que perceber qual o papel que pretende desempenhar no mandato autárquico. A coligação informal PS – VM (Vamos Mudar), traz a vantagem ao PS de estar próximo do “poder” e assim influenciar as decisões, mas também o perigo, e a desvantagem de eventualmente não se diferenciar do VM, perdendo visibilidade aos olhos dos eleitores.
Estar próximo do poder e simultaneamente não se confundir com este, aos olhos dos eleitores, será o desafio do PS.
Quanto ao PSD, o desafio é enorme. O PSD tem de assumir em pleno um novo fato, o fato de oposição, para o qual não esta preparado, após muitos anos de poder. PSD terá de rapidamente aprender a ser oposição, e oposição credível, assertiva, combativa em especial na Assembleia Municipal. Mas terá de resistir a uma lógica de “oposição bota-abaixo”, sob pena de perder credibilidade, devendo procurar acerrimamente defender a suas praças eleitorais nas freguesias rurais. E numa estratégia de futuro deve procurar se abrir à sociedade caldense, na procura de novos valores e apoios.
Quanto ao VM, os desafios ainda são maiores. É certo que em 2022 ainda existirá um certo clima de “lua de mel” com os caldenses decorrentes do início de mandato. Mas os seus eleitores serão certamente exigentes, exigindo mudança. O presidente Vitor Marques será posto à prova, nas questões da saúde: novo Hospital; reforço ou decadência dos cuidados de saúde primários?; na questão termal: termalismo público de baixa intensidade, ou parceira com privados?; Associações municipais: extinção, manutenção ou reestruturação?; ligação às freguesias; manutenção e gestão urbana. Ao VM, fruto de ser uma força recente, todos estarão atentos à coerência e solidariedade das posições dos seus membros, bem como possíveis conflitos ou afastamentos internos. Muitos desafios!!
Cá estaremos para ver, comentar e avaliar todo o que se passar.
Mas mais importante de tudo, um ano de 2022 com o fim da Covid-19!!!
Um bom ano para todos com saúde!!!
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