As obras de construção de um hipermercado na Avenida de Badajoz, na Nazaré, estão a ser criticadas pela CDU, que em comunicado diz ter recebido as preocupações de vários residentes na zona envolvente.
“Para além das questões políticas de fundo, que se prendem com a gestão urbanística, com a harmonia do ordenamento do território, com a implementação de uma estrutura desta natureza no meio de uma zona altamente residencial, com a coexistência de três hipermercados separados por escassas centenas de metros e em linha de vista da avenida, com os nocivos impactos para o pequeno comércio local, coloca-se à cabeça a defesa dos direitos, do bem-estar e da tranquilidade das populações também no que concerne ao período em que decorrem as obras”, referem os comunistas.
A CDU sublinha que “estas intervenções acontecem de forma ininterrupta, das 8h às 20h, sendo que, em vários dias, os trabalhos começam por volta das 7h e finalizam para lá das 21h. Em certas semanas nem ao domingo cessam as intervenções, negando o direito ao descanso dos moradores”.
Por outro lado, “as obras decorrem literalmente encostadas a certas habitações, inclusive o passeio público foi tomado, inviabilizando a normal circulação dos moradores e o acesso a ecopontos e parques infantis, em certos casos, colocando em risco a própria segurança daqueles munícipes”.
“Os moradores queixam-se do imenso pó que recebem nas suas casas, das constantes limpezas que têm que fazer e do consequente aumento do seu consumo de água, do ruído constante, da vibração contínua produzida por geradores, máquinas de perfuração do solo e terraplanagem, martelos pneumáticos a trabalhar ao fim de semana, pingos da tinta utilizada na pintura das estruturas metálicas nas borrachas de vedação das janelas de casas e em viaturas, e da falta de visibilidade no entroncamento da Rua Manuel Guimarães com a Avenida de Badajoz, potenciando os riscos de acidentes”, relata a CDU.
Os comunistas exigem à Câmara “uma fiscalização competente ao desenvolvimento dos trabalhos”.
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