Maria do Céu Antunes, ministra da agricultura, veio às Caldas da Rainha no passado dia 18 na condição de dirigente nacional do PS, tendo participado numa ação de campanha dos socialistas locais. 

Tendo presente a mensagem do cabeça de lista à Câmara das Caldas, Luís Patacho, de que é preciso “um reforço da agricultura na gestão municipal”, a dirigente nacional do PS disse que “o setor agrícola é importante na atividade económica do país e daí ter um papel fundamental na nossa agenda para a década”.

Segundo Maria do Céu Antunes, o PS traz para o próximo ciclo autárquico “o melhor programa”, oportunidade que as Caldas da Rainha “não podem desperdiçar para desenvolver o território”.

Acredita que no dia 26, os caldenses saberão “dar vitória expressiva a quem sabe valorizar os nossos recursos endógenos, as cadeias curtas e aquilo que é o comércio de proximidade e ainda consumo dos produtos da época”. “As autarquias têm um paradigma atualmente que vai muito para além das infraestruturas”, disse a dirigente nacional do PS, acrescentando que “são convocadas até por via de uma descentralização de competências que está a ser materializada na assunção de compromissos, sejam a nível da saúde, da educação, da ação social, mas também ao nível do desenvolvimento económico”.  

A responsável pelo ministério da Agricultura deslocou-se à Frutalvor, central fruteira em Salir de Matos. À imprensa disse que já conhecia e que mostrou “um trabalho muito importante de organização de produtores e está cheia de pera rocha e de maçã de Alcobaça e pronta para continuar a fazer investimentos para dinamizar este que é um recurso endógeno da região e que neste momento é também um veículo de promoção externa de Portugal”.

Luís Patacho acusou o PSD na Câmara Municipal de “no seu plano de atividade nos sucessivos anos ter ignorado o setor da agricultura”.

O candidato à autarquia recordou que há quatro anos no programa eleitoral o PS colocou na agenda política municipal os temas de agricultura e neste mandato voltaram a fazê-lo com uma forte incidência e “ainda bem que o fizemos porque agora a nossa concorrência, o PSD e o próprio movimento Vamos Mudar, já falam da agricultura”.

O cabeça de lista disse que têm várias propostas para o setor, como “trazer um centro de investigação na área da agricultura para as Caldas, fazer da Câmara uma parceira dos nossos agentes económicos ao nível do turismo rural, agro-turismo e turismo ecológico”. Defendeu ainda a certificação de produtos, nomeadamente a “cebola de Alvorninha, que tem já muita fama”.

Quer no concelho “mais certames sobre a agricultura”, revelando que “o facto de termos aqui hoje a nossa camarada é sublinhado um reconhecimento da nossa iniciativa nesta matéria”.

Abordando os últimos 42 anos de governação autárquica do PSD, o candidato destacou que “as pessoas estão cansadas do mesmo e é preciso dar oportunidade a outra força política”. 

Questionado sobre se está aberto a acordos pós-eleitorais para afastar o PSD do poder, Luís Patacho disse que “esse assunto é para depois das eleições” e que agora está “concentrado em conseguir o melhor resultado possível que é ganhar a Câmara”.