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Portugueses na América divididos entre Trump e Biden

Marlene Sousa

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O JORNAL DAS CALDAS perguntou a alguns emigrantes das Caldas e da região ou lusodescendentes nos Estados Unidos de América como veem as eleições. Uns veem Trump como “um homem de negócios”, que apesar de ser um “comunicador terrível” foi bom para a economia dos EUA, destacando várias ações positivas da administração Trump. Há quem veja Biden como um “mal menor” e só querem ver o atual presidente fora da Casa Branca.
Donald Trump

Maria Fernanda Silva, de 58 anos, é natural do Coto, nas Caldas da Rainha. Foi com nove anos viver para os Estados Unidos com os seus pais, mas nunca perdeu contacto com o seu país. Assistiu às eleições na casa da sua sogra, no Coto, onde está a residir há cerca de três meses devido ao estado de saúde da mãe do seu marido, que está na América com o seu filho.

Vive em Bloomingburg, uma vila na cidade de Mamakating, Nova Iorque, onde trabalha como agente imobiliária. Não vê Joe Biden com perfil de um líder, alegando que “as pessoas votaram nele porque devido a Kamala Harris, eleita vice-presidente dos Estados Unidos”.

Mas porquê Trump? “Não vive do dinheiro do Governo, é um homem de negócios que sabe o que a economia precisa para o país ficar melhor”, declarou. Trump é um “business man, um bom gestor e criou emprego nestes últimos quatro anos”.

Sobre as constantes polémicas em que Trump na Casa Branca se tem visto envolvido, a caldense culpa em boa parte os principais media norte-americanos – “mudam as palavras de Trump, não contam toda a verdade”. “É ignorante a falar, mas fez muito pelo país, porque a economia melhorou muito nos últimos anos”, afirmou.

Maria Fernanda Silva considera que “estas eleições são muito importantes para o futuro do país” até porque, acredita, “houve batota e os Estados Unidos vão ficar pior, com os impostos a subir”.

A agente imobiliária reconhece, no entanto, que a perceção internacional de Trump “não é boa”.

“Por vezes Trump é malcriado mas é um gestor”

Lurdes Perna, de 60 anos, natural de Alcobaça, vive em Long Island, Nova Iorque, há cerca de 40 anos. Tem casa nas Caldas da Rainha, onde vem todos os anos passar férias. O seu marido é natural do Algarve e é construtor nos EUA. Ambos votaram em Donald Trump e em declarações ao JORNAL DAS CALDAS disseram que a “maioria dos portugueses com negócios em Long Island defende Trump”. “Muitas pessoas não entendem devido ao feitio dele, mas a verdade é que no seu mandato fez um bom trabalho”, disse Lurdes Perna, doméstica. “Criou riqueza, empregos e gerou um ambiente de paz com Israel”, declarou.

Espera agora “quatro anos de retrocesso nos Estados Unidos”. “Ainda hoje fui à associação portuguesa e estive a falar com muitos pessoas que dizem que Joe Biden vai aumentar os impostos e quem tem negócios alega que não vai aguentar devido a esta nova crise provocada pela pandemia”, contou. “Por vezes Trump é malcriado e não sabe falar, mas é um gestor”, salientou, acreditando que o caso ainda vai para tribunal.

A emigrante costuma ver as notícias portuguesas nos EUA. “Vejo sempre o noticiário português e foi através desse canal que ouvi que Melania Trump irá pedir o divórcio a Donald Trump porque aqui ainda não se falou desse assunto na imprensa”, contou.

“Joe Biden prometeu muita coisa que nunca poderá cumprir”

Ana de Sousa, de 33 anos, é natural de Alfeizerão, estudou nas Caldas e está a viver nos EUA há cerca de dois anos. Mudou-se à procura de uma vida melhor. Está a trabalhar com a sua irmã num clube português em Farmingville que pertence a Long Island, Nova Iorque. “Não tenho bem opinião sobre as eleições americanas, porque não posso votar e não quis saber muito sobre o assunto”, confessou.

Mas como trabalha num restaurante e “não poderia não escutar os clientes e quase todos os que frequentam o clube português queriam que ganhasse o Trump, não é que gostem da personalidade dele, mas acham que se ele ganhasse era bom para a economia americana”, relatou.

Segundo comentários dos portugueses do clube, “Joe Biden prometeu muita coisa que nunca poderá cumprir, como legalizar os que estão ilegais”.

“Podemos esperar que a América possa agora com Joe Biden ser respeitada”

Nicole Gameiro, de 25 anos, é americana e filha de pais portugueses que têm casa nas Caldas da Rainha. É assistente social e reside em New Jersey. O seu sentimento é “que muitos da comunidade portuguesa apoiam Trump, infelizmente”.

“No mínimo, podemos esperar que a América possa agora com Joe Biden ser respeitada globalmente e não ser a piada do mundo”, declarou a luso-descendente.

No entanto, está preocupada com o que vai acontecer neste país até à próxima eleição. “Se os democratas não conseguirem o controlo do Senado em janeiro, então as mãos serão amarradas e não conseguirão fazer muito – e em 2024 muita gente correrá para apoiar o candidato republicano novamente”, disse Nicole Gameiro.

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