Faleceu um homem bom – António Fernandes Carreira Alves, aos 84 anos. Nasceu em Marrazes (Leiria) mas foi um caldense distinto e amigo de todos e um funcionário autárquico exemplar.
Quando morre um homem bom, todos os seus amigos ficam mais pobres e mais pesarosos.
Funcionário da Câmara Municipal de Caldas da Rainha considerado exemplar, sobretudo na maneira sempre disponível de ajudar o munícipe a resolver os seus problemas, justamente por isso o concelho perdeu um desses homens que nos fazem falta.
De uma simplicidade notável, humilde mas com uma visão e experiência de vida muito enriquecedora, que lhe permitia agir no conhecimento que tinha do seu concelho e das suas gentes cujo nome conhecia de cor e por isso os ajudava, sobretudo os mais frágeis, sem que se lhe faltasse nunca uma espécie de doçura.
Trabalhei com ele muitos anos no município caldense e acabou também por gerar em mim o mesmo sentimento de proximidade, nas nossas alegrias e tristezas. A sua modéstia era a sua virtude e por vezes lia-lhe na alma uma certa nostalgia pela experiência passada na cultura e na sociedade caldense que conhecia como ninguém, desde o Casino ao Cinema, dos tempos de ouro da cidade de Artur Capristano no seio de cuja família era tão considerado.
Nunca fez “carreira” de honrarias próprias e nunca se abeirou da política que respeitava mas onde não via caminho para a modéstia das suas ambições.
Ganhou o respeito de todos e todos viam nele uma referência de cidadão que partiu de entre nós com o elevado estatuto de “um homem bom”, que adoptou sempre como divisa “Ajudar sem olhar a quem”.
Carreira Alves, lá onde estiveres, a tua família e os teus amigos vão sempre dizer, “ficarás eternamente no nosso coração”.
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