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Casal caldense dá a volta ao mundo

Joana Oliveira e Tiago Fidalgo

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Nihao, dizem sempre de forma apressada! Sim, na China: o país sobrelotado e cheio de luz. Quando lhe pusemos os pés em cima nem queríamos acreditar: estávamos em êxtase por ser esta a primeira grande etapa concluída da nossa viagem pelo mundo e à boleia. Era talvez aquilo que nos parecia mais distante e mais impossível, mais longínquo e inacreditável. Mas chegámos! E logo na fronteira nos sentimos, agora sim, do lado de lá do globo. Se até aqui as fronteiras não passavam de edifícios erguidos no meio do nada e apenas equipados de postos de controlo, à chegada à China a conversa foi outra. Em plena cidade, cheia de luzes coloridas, máquinas e maquinetas, eletrónicos, câmaras e sorrisos. E não sabemos se por sermos de Portugal, mas muito bem recebidos! E assim demos início à descoberta de uma nova e distinta cultura.
Fotografia tirada junto de uma mesquita chinesa, em Hami

Logo na primeira tarde pudemos perceber que boleias não é com eles: não sabem do que se trata e, quando param, a primeira coisa que tentam pedir-nos é o passaporte, para se certificarem de quem somos e de onde viemos. Tentam, porque a língua foi a maior barreira de sempre. Nunca nos havíamos sentido tão perdidos quanto aqui, nem mesmo no Irão. Inglês não é com eles e em chinês não há nada parecido com nada: nem tão pouco wc ou táxi se diz da mesma maneira. Quanto à minoria de jovens que sabe inglês, decoraram-no para a escola e têm francas dificuldades em comunicação. Ainda assim, logo nos primeiros dias, fomos ajudados por várias pessoas, de uma forma inexplicável: não só nos deram dinheiro até conseguirmos encontrar onde trocar o nosso (o que foi complicado e levou uma manhã inteira), como até nos levaram a casa de transportes públicos, pagando-os sempre a menina que nos ajudou, numa tarde em que não conseguíamos descortinar quais os autocarros urbanos a apanhar, nem onde. E, claro, tudo isto sempre com a super barreira linguística.

Para ajudar, também os gestos na China são diferentes! Por exemplo, fazer um L com o polegar e o dedo indicador, significa 8. E todos os números têm os seus gestos, o que até para comprar alguma coisa dificulta. Por agora já aprendemos todos, mas levamos o seu tempo a descortiná-los. Dizer adeus com a mão significa “não” e o gesto de dinheiro não existe como o conhecemos. Muitas outras se acrescentam: cada dia é uma descoberta!

Por aqui cospem para o chão constantemente, fazem-no com bastante som, sem pudor e com orgulho. Nos autocarros têm um balde com água para o puderem fazer na mesma. Embora ainda não tenhamos sentido grande impacto, sabemos que é muita a poluição, chegando o sol a ficar tapado. Não obstante, fumam em todo o lado, seja edifício público ou privado.

Pelas ruas há pessoas, mais pessoas e pessoas: circulam apressadamente por entre todas aquelas que se encontram a vender o que têm em pequenas barraquinhas. Carne de animais acabados de abater, peixes ainda vivos em alguidares ou tachos de óleo a ferver com petiscos a sair! Vêm-se também por todo o lado sofás e grandes cadeirões e é neles que se encontra gente a descansar.

E é também por toda a parte que circulam motas elétricas, seja passeio ou estrada. E em cada virar de esquina, há lojas e mais lojas, com luzes a piscar e letras chinesas a brilhar! Dentro, cheiro a Martim Moniz e um mundo de coisas desorganizadas, sobre as quais não percebemos nada – os carateres chineses são lindos, mas difíceis para nossa compreensão.

Temos tanto ainda por contar que não sabemos por onde ficar, mas não podemos deixar de partilhar que embora pouco abertos e até medrosos, é a generosidade de todos que fica em nós!

Joana Oliveira e Tiago Fidalgo

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