A proposta partiu dos eleitos do Partido Socialista mas mereceu o consenso dos deputados, considerando que “foram recentemente veiculadas por diversos órgãos de comunicação social regional e nacional, notícias que dão conta da intenção do Governo de vir a cobrar portagens na A8, no troço compreendido entre Bombarral-Sul e Caldas da Rainha-Norte”.
Os deputados recordaram que “aquando da inauguração do IC-1, atual A8, a colocação de portagens levou ao aparecimento de um amplo movimento de contestação por parte das populações da Região Oeste e em especial do concelho do Bombarral, contra a colocação das referidas portagens. Na sequência do movimento, foi criada no seio da Assembleia Municipal do Bombarral uma Comissão de Luta contra as portagens na Região Oeste, da qual fizeram parte pessoas de todos os quadrantes políticos”
“Por esta Comissão e pelo Governo de então, com a mediação do Sr. Presidente da República, que na altura exercia funções como tal, foi possível alcançar um acordo, o qual permitiu a realização de obras que introduziram melhorias significativas na Estrada Nacional n.º 8, no troço compreendido entre Bombarral e Torres Vedras e ao mesmo tempo isentou de cobrança de portagens o troço da A8 entre Bombarral-Sul e Caldas da Rainha-Norte, o que foi do agrado de toas as partes envolvidas”, fizeram notar.
“Desde essa altura e até à presente data mantêm-se inalteradas todas as condições do referido acordo, não tendo os sucessivos Governos, bem como, o atual, levado a cabo quaisquer obras na Estrada Nacional n.º 8, no troço compreendido entre Bombarral e Caldas da Rainha, a qual apresenta deficiências ao nível do respetivo traçado, perfil e pavimento, que dificultam a circulação rodoviária na mesma, deficiências e dificuldades estas que aumentarão, em consequência do mais do que provável aumento de circulação nesta estrada, no caso de colocação de portagens na A8, no troço já referido”, sustentaram os deputados bombarralenses.
“As populações da Região Oeste e em particular do concelho do Bombarral vivem atualmente uma crise económica sem precedentes, que a cobrança de tais portagens só irá agravar, face aos maiores encargos que acarretará na deslocação de pessoas e bens”, argumentaram.
A moção foi enviada ao presidente da República, presidente da Assembleia da República, presidentes dos Grupos Parlamentares dos partidos com assento na Assembleia da República, Primeiro Ministro, Ministro da Economia e Emprego, secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, presidentes de Câmara e presidentes de Assembleia Municipal dos Municípios que integram a CimOeste e ao presidente do Conselho de Administração da empresa “Auto Estradas do Atlântico.
Francisco Gomes
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