Pensamos em Fidel Castro, e, mais recentemente em Hugo Chavez, devido às eleições na Venezuela. Como pode um povo oprimido ter a oportunidade de votar e continuar a dar um voto de confiança ao seu opressor? Deve ser uma espécie de “Síndrome de Estocolmo”, que é como chamam os entendidos no assunto à simpatia que uma pessoa sequestrada desenvolve pelo seu sequestrador. Uma espécie de laço invisível e para quem não sofre dele, quase incompreensível.
A questão é que os mundos não se contam por ordem: não há primeiro mundo, segundo mundo. Só há a designação “terceiro mundo”, como uma espécie de estigma com muitos ditadores à mistura e povos ignorantes que se deixam enganar e comprar por falsas promessas.
Não sei se foi do degelo, do problema da camada do ozono ou se foi mesmo por causa do movimento de rotação da terra que os tais hábitos do terceiro mundo, que ninguém parece entender, estão a chegar à Europa, o velho Continente e, mais propriamente a Portugal, um país com muitos séculos de História e tradição.
Um pouco por toda a parte, agitam-se os partidos, ralham as secções locais, as distritais e até as nacionais. Ninguém quer perder um votinho que seja. Por isso, os políticos vão, nesta altura, às compras! Quanto vale o silêncio dos adversários? Não tem trabalho, para ele, para a mulher, para a filha, para a tia, a prima, o cão, o gato, o periquito? Como se pode calar a fome da ganância? É fácil: tudo se compra e tudo se vende. Afinal, parece que a chave do sucesso, por ironia, está em dar dinheiro a quem mais ralha, quase sempre só para ter um “tacho”. Sim, porque isso também deve ser um outro síndrome para o qual ainda não inventaram nome.
É por isso, que todos têm os presidentes que merecem…
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