Campo Pequeno duas corridas – dois enormes sucessos Pablo Hermoso de Mendosa e Pedrito de Portugal astros que iluminaram as duas noites Inauguração da temporada no Campo Pequeno com casa esgotada, ambiente de luxo com muitas figuras públicas como politicos, futebolistas, gente ligada ao Jet7, á moda e aos espectáculos. Ganaderia Passanha com apresentação e colaboradora, para um cartel bem rematado com 3 cavaleiros de categoria – 3 – triunfadores numa noite de grande competição. António Telles no seu estilo clássico bem á portuguesa, puxou da sua maestria com sortes e ferros de magnífica execução, a dar mérito a duas excelentes actuações. Vitor Ribeiro esteve igualmente muito toureiro no 3.º da ordem com brégas impressionantes e ferros de emoção, mas o ultimo toiro único manso da noite não lhe deixou repetir o triunfo. Mas Pablo Hermoso de Mendonça com duas actuações de altíssima bitola, só possível a um toureiro (e a cavalos) fora de série, seria o super triunfador da noite. O público ficou tão maravilhado, que lhe concedeu duas voltas á arena, em cada uma das lides, saindo no final em ombros pela porta grande. Para complementar esta noite histórica, viram-se grandes pegas executadas pelos Forcados Amadores de Lisboa e de Coruche. Perito volta á ribalta A segunda corrida que foi mista, tourearam a cavalo dois jovens da nova vaga, Manuel Telles Bastos e Manuel Lupi que abriram praça com uma lide a dois. Tourearam com alegria, entusiasmo e sincronização, justificando amplamente os aplausos e volta no final. Quando actuaram individualmente, Manuel Telles mostrou-se mais clássico e compenetrado, enquanto Manuel Lupi perfilhou um estilo mais repentista e improvisador, mas ambos a rubricarem actuações a gusto das bancadas. Os Forcados da Moita, bem como é seu apanágio em noite de três pegas duras. Mas a maioria do público, estava ali era para rever e poder voltar a saborear, o enorme triunfo em 2008 de ´El Cid, nesta mesma praça. Mas nisto dos toiros o improvisto o factor surpresa é um dos maiores aliciantes do espectáculo ´El Cid; deu algumas pinceladas da sua indesmentível arte, mas não teve oponentes para passar disso mesmo. O grande triunfador, a grande figura, o grande vencedor da noite foi Pedrito de Portugal. No seu 1.º toiro, já Pedrito tivera uma lide profunda e ligada, apluadida e com volta á arena, mas sem chegar ao cume. No 6.º toiro da ordem, veio então aquela faena de um Pedrito dos melhores tempos, que prendeu e fez delirar os oito mil espectadores. Começou com 3 arrepiantes passes cambreados pelas costas e desenhou a faena num palmo de terreno, sem se mover, numa quietude e proximidade impressionantes através de derechazos templadíssimos. Continuou por redondos invertidos, indo buscar o toiro embebido na muleta, pelas costas, fazendo-o rodar e passar pela sua frente, remates com passes de peito, adornos com mulinetes, etc puseram á prova apurada técnica e vasto reportório. A assistência de pé, rendeu-se gritando torero, torero, torero, obrigando-o a dar duas volta á arena.Um Pedrito genial, astro que iluminou a noite voltou de novo á ribalta. Luciano Silva