Ambos falaram sobre o mesmo tema nacional, quando interrogados pelos jornalistas. O assunto do dia era a distinção de Portugal, por ter sido considerado a “economia do ano” pela revista britânica The Economist.
Para Marques Mendes, “Portugal ser, entre 36 países dos mais desenvolvidos do mundo, aquele que está em primeiro lugar, é uma notícia excelente”, sustentando que “para os portugueses, que estão permanentemente a ser bombardeados com notícias pela negativa, esta é uma notícia pela positiva”.
“Acho que esta notícia é das coisas mais extraordinárias que o país pode ter. É difícil Portugal ter uma notícia tão boa, tão positiva e tão ambiciosa como esta”, salientou, sustentando que “gera autoestima, maior confiança no país e maior esperança no futuro”.
O candidato presidencial afirmou que “é uma boa notícia também para o Governo, porque obviamente reconhece o acerto de várias decisões governativas”, apontando que “esta distinção de uma entidade independente que não é do Governo nem da oposição deve impressionar positivamente toda a gente”.
Sobre as metas salariais anunciadas pelo primeiro-ministro, que no sábado apontou o salário mínimo para 1.600 euros e o médio para 3.000 euros, Marques Mendes disse gostar de “um primeiro-ministro com ambição” e considerou que estas metas são realistas se o país “pedalar”.
Defendeu também a reforma da legislação laboral”,dizendo que “é preciso que todos façam as suas cedências em nome do equilíbrio – Governo, patrões e sindicatos”.
Aqui António José Seguro divergiu, questionando “qual a necessidade” de alterar a legislação laboral.
“É uma excelente notícia para o nosso país, quando reconhecem a vitalidade da nossa economia. Mas se repararem, um dos fundamentos desse reconhecimento reside no dinamismo do mercado laboral que nós temos no nosso país, e mais uma razão para não se perceber qual é a necessidade que o Governo tem de alterar a legislação laboral”, afirmou.
“É uma vitória do país. No meio de tantas notícias negativas, haver uma notícia positiva, isso é bastante estimulante e como candidato a Presidente da República fico sempre feliz cada vez que reconhecem fora de Portugal o esforço que os trabalhadores e as empresas fazem para termos uma economia que cria mais riqueza e também possa ter melhores salários”, comentou.
Falando sobre a greve geral de 11 de dezembro, António José Seguro disse compreender “os fundamentos que os trabalhadores utilizam para reivindicar e fazerem a defesa dos seus direitos”.
O candidato não quis pronunciar-se sobre as declarações do primeiro-ministro sobre os objetivos salariais para o país.









