O projeto é aberto à comunidade e conta diariamente com voluntários em várias áreas, desde a manutenção do espaço, à decoração, cozinha ou jardinagem, privilegiando sempre o contacto com a natureza.
Dinis Duarte, vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Cadaval, marcou presença no evento e salientou a importância da preservação da natureza, elogiando o grupo de voluntários, a solidariedade e a preocupação ambiental demonstrada pela comunidade. “São caraterísticas que sempre fizeram falta, mas que cada vez mais são esquecidas”, afirmou.
O vereador aproveitou ainda para reforçar a importância de visitar o concelho, evocando a Serra do Montejunto e toda a sua envolvente natural.
A comunidade instalou-se no Cercal há cerca de dois anos, criando o único Ashram em Portugal, que atualmente conta com onze monges residentes. Com tendência a crescer, o Ashram tem como objetivo a construção de um templo renovado, a criação de um restaurante e a instalação de bungalows para acolher os visitantes.
Existem atualmente cerca de trinta monges a viver em Portugal que dedicam a sua vida a Deus, trabalhando e contribuindo para o cumprimento da missão do divino, servindo a comunidade. Vestem-se de amarelo, cor que simboliza o trabalho e a humildade. Existem também monges que usam vestes totalmente vermelhas, cuja missão é o ensinamento, e monges vestidos de laranja, que representam o mestre nos vários países.
Tiago Leandro, mentor da atividade “Plantar Amor”, acompanhou todos os participantes no momento da plantação, explicando cada etapa do processo, desde a escavação, adubação, à plantação. O objetivo é repetir a ação anualmente, nesta fase, dentro da área de cultivo da Quinta das Flores, no futuro, em zonas do concelho que necessitem de reflorestação.
Foram plantadas 1.008 árvores, entre as espécies carvalho cerquinho, carvalho alvarinho e cedros. A escolha principal da árvore carvalho destaca-se, evocando a antiguidade e a ligação da Serra do Montejunto à história mística. Tiago Leandro recorda a época dos Descobrimentos: “Como conta a história, esta zona era repleta de árvores, que foram cortadas para serem utilizadas na construção das naus”.
O evento inspira-se ainda nos ensinamentos de Paramahamsa Sri Swami Vishwananda, mestre espiritual cuja missão é “abrir os corações da humanidade”. A sua presença espiritual recorda a todos o amor de Deus e ensina como experienciar uma relação pessoal e profunda com o divino.










