O evento reúne autarquias, instituições e projetos de todo o país para promover a partilha de práticas que contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Contará com a presença de quatro projetos do concelho, que evidenciam a capacidade do território para desenvolver iniciativas inovadoras, sustentáveis e de impacto comunitário.
Uma das soluções adotadas pelo Município do Cadaval na organização do evento reflete o compromisso assumido com a sustentabilidade. “Como anfitriões da conferência, entendemos que também a organização deveria refletir o compromisso com escolhas responsáveis e os valores da sustentabilidade. Por isso, adquirimos oliveiras para decorar o espaço do evento, evitando soluções descartáveis. Estas árvores continuarão a ser utilizadas em iniciativas municipais e, mais tarde, serão plantadas em espaço público. É um gesto simples, mas que afirma de forma clara a nossa visão para o futuro”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Pinteus.
A “Fazenda Machado — Agricultura Sintrópica e produtos de identidade local” é um dos projetos em destaque. É um conceito iniciado com o projeto piloto (3.000m2) de conversão de pomar de pera rocha em fazenda de agricultura sintrópica/regeneradora. Iniciado pelo pai dos atuais proprietários, tem mais de vinte variedades de frutas, vários quercus, loureiros, cedros, ervas aromáticas. É um franchise de transformação de pera rocha e outras fruteiras em produtos mais saudáveis e de identidade, como o original pastel de pera rocha, néctar, puré e uma variedade crescente de doces e compotas, com promoção da sustentabilidade social, económica e ambiental.
“Manypurna — Sabonetes naturais e bijuteria com reaproveitamento” é outro dos projetos. Criado em 2019, por ocasião da pandemia da Covid-19 e do confinamento, o Manypurna combina a produção artesanal de sabonetes naturais, iniciada e desenvolvida por Daniela Miguel, com a criação de bijuteria feita a partir de metais e resíduos de construção reaproveitados. A marca destaca-se pela criatividade, pelo uso de ingredientes naturais e pela aposta na economia circular.
“Costureirinhas da Junta — Comunidade, convívio e reutilização de materiais” é um projeto criado em 2014 por um grupo heterogéneo de voluntárias, com o objetivo de combater o isolamento social através da costura e do convívio. O grupo reutiliza tecidos, papel, plástico e outros materiais, produzindo peças de vestuário, artesanato e outras, com cariz social e solidário, em parceria com instituições a nível nacional e internacional (Guiné-Bissau).
“Manuel Carloto — Escultura em calcário e basalto” mostra a arte milenar de tesselário, em que as peças são produzidas através de bigorna e martelo, com recurso a diversos tipos pedra e de cores. Manuel Carloto, artesão do concelho, utiliza sobretudo basalto e calcário, abundante nesta região, para retratar uma diversidade de motivos, desde tesselas romanas até elementos figurativos mais recentes. O seu trabalho preserva técnicas ancestrais e valoriza o património local.








