Segundo o MRDL, o acordo alcançado “prevê a implementação antecipada da nova tabela remuneratória já nos meses de novembro e dezembro”.
“Foi igualmente garantida a salvaguarda da carreira de enfermagem em vigor na Instituição, reforçando o compromisso da administração com o diálogo, a valorização das equipas e a melhoria contínua das condições de trabalho”, acrescentou.
A administração congratula-se com o desfecho deste processo e sublinha que “o entendimento alcançado resulta de um esforço de negociação e responsabilidade mútua, com vista à estabilidade e sustentabilidade da instituição, sem nunca comprometer a qualidade dos cuidados prestados”.
Contudo, a instituição relatou que “a capacidade financeira do Montepio continua condicionada, em parte, por valores ainda em dívida por parte do Município das Caldas da Rainha”.
“A regularização dessas verbas permitiria à instituição dispor de melhores condições para responder mais rapidamente às legítimas expetativas dos seus profissionais e reforçar o investimento em áreas essenciais ao bem-estar dos utentes”, referiu.
A Direção Regional de Leiria do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) confirmou que “no dia 29 de outubro, em reunião com a administração do MRDL, foi alcançado um acordo que permitiu desconvocar a greve marcada”. “A administração assumiu compromisso nalgumas matérias, designadamente numa nova tabela remuneratória que vai vigorar nos meses de novembro e dezembro. A partir de 1 de janeiro haverá um aumento geral de salários definido para toda a instituição”, esclareceu.
O SEP indicou que “foram também assumidos compromissos noutras matérias, assim como a salvaguarda do Período Normal de Trabalho de 35 horas semanais, para todos os enfermeiros do MRDL”.
O sindicato “saúda este entendimento, que acontece após a administração ter alterado as condições contratuais vigentes, no mês de abril, o que desencadeou inúmeros protestos dos enfermeiros, culminando com dias de greve a 22 de agosto e 26 de setembro”.
Alcançado este acordo, as negociações com a administração do MRDL vão prosseguir, “para concretização dos restantes compromissos”, tendo ficado agendada nova reunião para o dia 4 de dezembro.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, o enfermeiro Ivo Gomes, do SEP, destacou que “houve uma aproximação real, porque desde abril a administração do MRDL tinha alterado o Contrato Coletivo de Trabalho, introduzindo medidas negativas para os colegas enfermeiros, nomeadamente em termos de remuneração”. “Foi precisamente esta situação que motivou os protestos e as greves de agosto e setembro, levando depois a uma aproximação e à apresentação da proposta de contrato coletivo de trabalho por parte do SEP”, afirmou.










